10/04/2018 às 15:21, atualizado em 10/04/2018 às 18:33

Vacinação contra a gripe começa em 23 de abril na rede pública do DF

De acordo com a Secretaria de Saúde, a cidade receberá 777.700 doses. Campanha seguirá até 1º de junho, e Dia D é previsto para 12 de maio

Por Amanda Martimon, da Agência Brasília

A vacinação contra a gripe em 2018, por meio da rede pública do Distrito Federal, começará em 23 de abril. A campanha — que é nacional — seguirá até 1º de junho.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o DF receberá 777.700 doses. A vacina é distribuída pelo Ministério da Saúde e previne contra H1N1 e H3N2, subtipos do vírus Influenza A, e contra Influenza B.

A previsão é que o chamado Dia D, o Dia de Mobilização Nacional, ocorra em 12 de maio.

Poderão se vacinar de forma gratuita aqueles que fazem parte dos grupos prioritários. São eles:

  • Crianças de 6 meses a 5 anos incompletos
  • Grávidas em qualquer idade gestacional
  • Puérperas (até 45 dias pós-parto)
  • Pessoas com 60 anos ou mais
  • Pessoas com doenças crônicas e outras categorias de risco clínico
  • Povos indígenas
  • População privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas
  • Professores das redes pública e privada
  • Trabalhadores da área de saúde

Segundo o boletim informativo de gripe referente à semana epidemiológica nº 13 de 2018, a estimativa é vacinar 706.988 pessoas no DF, com meta de cobertura de 90% de cada um dos grupos prioritários.

As crianças vacinadas pela primeira vez contra a influenza precisam retornar em 30 dias para uma dose de reforço.

Campanha ocorre em tempo hábil para que população fique protegida no inverno

A diretora da Vigilância Epidemiológica, da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da pasta, Maria Beatriz Ruy, diz que a campanha ocorrerá em tempo hábil para que a população-alvo esteja protegida antes do período de sazonalidade da doença, no inverno (com início em 21 de junho).

“A partir da vacinação, em cerca de 10 dias a pessoa já está protegida contra os vírus”, esclarece.

[Olho texto='”As medidas de prevenção são sempre as mais eficazes, além da vacina para os grupos prioritários. Preste atenção na higiene, tenha uma boa alimentação”‘ assinatura=”Maria Beatriz Ruy, diretora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Ela afirma ainda que o monitoramento, um procedimento de praxe, foi antecipado neste ano: “Temos unidade de sentinela que coleta amostras e acompanhamos os tipos de vírus. Levamos em conta, por exemplo, o que acontece no Hemisfério Norte, que teve alta circulação do H3N2, pois antecipa a sazonalidade”.

Quanto ao estado de alerta registrado em Goiás, que confirmou mortes por H1N1 neste ano, a diretora explica aos moradores do DF que é importante se prevenir diante da grande circulação que há entre as unidades da Federação, mas que não há motivo para pânico.

“Estamos monitorando, e as medidas de prevenção são sempre as mais eficazes, além da vacina para os grupos prioritários. Preste atenção na higiene, tenha uma boa alimentação, se mantenha saudável para evitar ficar doente”, sugere.

Segundo a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, no DF, em 2018, uma criança foi diagnosticada com o vírus H1N1 — a contaminação foi registrada em março e evoluiu para cura.

Distribuição e vacinação

O cronograma da campanha de vacinação contra a influenza é definido pelo Ministério da Saúde, que distribui as vacinas. As datas, de acordo com o órgão, são adaptadas “conforme a produção e entrega do imunobiológico [vacina].”

Ainda segundo a pasta, os laboratórios só começam a produzir as doses a partir de setembro do ano anterior, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) autoriza a produção. “Isso acontece porque, todos os anos, é necessário avaliar quais cepas mais circularam no Hemisfério Sul no ano anterior, e a partir daí adaptar a vacina”, afirma em nota. A produção da vacina leva cerca de seis meses.

Dicas para se prevenir da gripe

Para evitar a transmissão da gripe e de outras doenças respiratórias, a Secretaria de Saúde recomenda:

  • Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de comer
  • Usar lenço descartável para higiene nasal
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
  • Manter os ambientes bem ventilados
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos

Edição: Marina Mercante