27/05/2018 às 11:03, atualizado em 28/05/2018 às 14:49

Memória do movimento negro no DF é tema de debate na terça (29)

Na ocasião, será homenageada a militante da luta negra na cidade Lydia Garcia, de 80 anos. Evento será no auditório da Biblioteca Nacional, a partir das 14h30

Por Da Agência Brasília

Na terça-feira (29), o auditório da Biblioteca Nacional recebe, às 14h30, debate sobre a história das lutas negras no Distrito Federal. A mesa-redonda apresentará uma retrospectiva dos últimos 30 anos das demandas do movimento.

Uma das personalidades da luta negra homenageadas na ocasião, será a militante Lydia Garcia, de 80 anos. Ativa nos movimentos antirracismo, Ela foi uma das fundadoras da Fundação Cultural Palmares

A militante Lydia Garcia, de 80 anos, será homenageada durante o debate por sua participação na luta do movimento negro. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Organizado pela Secretaria de Cultura em parceria com o Departamento de História da Universidade de Brasília, o evento também marca os 130 anos da abolição da escravidão e os 30 anos da Constituição Brasileira.

Entre os participantes do debate intitulado Diálogos sobre 1988 – Memórias e histórias das lutas negras no Distrito Federal estão:

  • Edson Lopes Cardoso – Diretor do Ìrohìn (Centro de Documentação, Comunicação e Memória Afro-Brasileira) e ex-militante do Movimento Negro Unificado do DF
  • Lydia Garcia – Primeira professora de música da Secretaria de Educação do DF e militante do Movimento Negro
  • Maria das Graças Santos – Fundadora do primeiro salão de beleza para cabelos crespos, o Afro Nzinga, e ex-militante do Movimento Negro Unificado do DF
  • Maria Luiza Júnior – Graduada em Comunicação Social na UnB e mestre em História na USP, ex-militante do Movimento Negro Unificado do DF

Homenagem a Lydia Garcia

Ativa nos movimentos antirracismo, Lydia Garcia, de 80 anos, será homenageada durante o encontro. Ela olha com orgulho para as lutas contemporâneas dos negros. “A situação dos jovens é diferente nos dias de hoje, eles têm outras lutas, e eu apoio todas elas”, afirma.

Ela participa da Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno e mantém o Bazafro como uma forma de levantar a autoestima e resgatar as raízes afro.

“Nós trabalhamos muito pela questão do negro, nas lutas pelo respeito e reconhecimento da cultura negra e afro-brasileira”, pontua Lydia.

Ganhadora do 1º Prêmio Cultura Afro-Brasileira da Secretaria de Cultura, que está com inscrições abertas para a segunda edição, Lydia também foi referência para as embaixadas de países africanos. Ela conta que recebia na casa dela os alunos que vinham para a cidade estudar na Universidade de Brasília.

Mesa-redonda Diálogos sobre 1988 – Memórias e histórias das lutas negras no Distrito Federal

29 de maio (terça-feira)

Das 14h30 às 21 horas

No auditório da Biblioteca Nacional, no Conjunto Cultural da República (próximo à Rodoviária do Plano Piloto)

Edição: Paula Oliveira