O programa Picasso não Pichava, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, entregou nesta quarta-feira (21) os certificados de conclusão de curso para 290 jovens do sistema socioeducativo ou em situação de vulnerabilidade social e mulheres em situação de violência.

Eles fazem parte da turma de formandos do segundo semestre de 2018.
Nesse período, participaram de oficinas de grafite, pintura em tela, introdução a serigrafia, rima e poesia (rap), cinema e audiovisual.
A subsecretária da Segurança Cidadã, Andréia de Oliveira Macêdo, parabenizou os alunos e destacou a importância do programa durante a cerimônia de formatura, no auditório do Edifício Contag, na 509 Norte.
“O Picasso não Pichava tem ajudado a milhares de jovens a terem contato com uma profissão. Estamos sempre trabalhando para aperfeiçoá-lo.”
Na solenidade, foram expostas pinturas dos alunos e exibição de filmes produzidos pelos que tiveram aula de audiovisual.
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Uma das produções apresentadas foi o vídeo A história de Pedro, sobre um menino que cresceu vendo a violência doméstica e sonhava em ser jogador de futebol.
O roteiro foi escrito por um jovem de 18 anos, da unidade de atendimento em meio aberto (Uama) de Samambaia. “Escrevi o texto em meia hora. Foi muito bom ver uma história minha filmada. Se eu tiver oportunidade gostaria de continuar produzindo”, conta o autor, que ainda não terminou o ensino médio.
Para o professor de audiovisual Paulo Sérgio, conhecido como DJ Chokolaty, é muito gratificante constatar resultados como esses. “Além de formar cidadãos, damos oportunidades a eles para expressarem seus talentos.”
Em 2018, cerca de 500 alunos concluíram os cursos do programa, que ocorrem nos centros de referência de assistência social (Cras) e em escolas parceiras.
Objetivo do programa Picasso não Pichava
Criado em 1999, o Picasso não Pichava insere-se nas estratégias do programa Viva Brasília — Nosso Pacto Pela Vida. O objetivo é buscar prevenir a violência ao criar alternativas de arte e de esporte.
O programa já atendeu grande parte das regiões do DF e atualmente funciona nas regiões administrativas de Ceilândia, do Cruzeiro, do Itapoã, de Planaltina, do Recanto das Emas e de Samambaia.
A parceria entre a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social e a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) possibilita que o programa chegue também a mulheres e homens do sistema prisional e os familiares com oficinas profissionalizantes.