25/01/2019 às 17:11

Governador comemora ampliação de modelo do Instituto Hospital de Base (IHB)

Ibaneis Rocha destacou as emendas aprovadas em votação na Câmara Legislativa do DF que preveem maior transparência na gestão das unidades hospitalares

Por Agência Brasília

Instituto Hospital de Base

Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, comemorou a aprovação do Projeto de Lei 1/2019, que estende o modelo de gestão do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IGESDF) – antigo Instituto Hospital de Base (IHB) – a outras unidades da Secretaria de Saúde do DF.

Apoiado pela maioria dos parlamentares da Câmara Legislativa (CLDF), o Projeto de Lei repetirá o formato de administração do IGESDF para as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Hospital Regional de Santa Maria.

“Estou feliz com o projeto. Em determinados momentos [houve] até um desgaste, mas entendo que vale a pena porque é pela sociedade do Distrito Federal”, destacou o governador durante inauguração do 10º Papa Entulho da capital, em evento na Administração Regional de Ceilândia.

O GDF considera o resultado um importante voto de confiança para os avanços que serão realizados na Saúde do DF.

Melhorias

Para o governador, o projeto de lei foi aprimorado a partir das emendas aprovadas pelos deputados distritais. Inicialmente, o texto previa a inclusão de todos os hospitais regionais da rede pública no modelo de gestão. No entanto, um acordo entre deputados da base aliada e oposição reduziu a expansão apenas ao da Santa Maria.

Dentro das emendas acrescentadas ao texto estão previstas a sabatina do presidente do instituto na Câmara Legislativa, o encaminhamento da prestação de contas e divulgação das compras e contratações das unidades hospitalares.

“O debate dentro da Câmara [Legislativa] é muito importante exatamente por isso. As emendas trouxeram aquilo que eu sempre falava. O Instituto precisava de mais transparência, tinha que mostrar para a sociedade como fazia suas contratações e compras”, apontou.

[Olho texto='”O debate dentro da Câmara é muito importante exatamente por isso. As emendas trouxeram aquilo que eu sempre falava. O Instituto precisava de mais transparência, tinha que mostrar para a sociedade como fazia suas contratações e compras”‘ assinatura=”Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

As mudanças no sistema de saúde do DF vão permitir melhor funcionamento das UPAs e o recebimento de verbas do governo federal a partir da atividade completa dessas unidades de pronto atendimento. “Serão R$ 600 mil reais a mais que cada UPA vai receber. Contamos com uma melhoria muito rápida do atendimento no DF”, destacou.

O próximo passo após a aprovação do projeto será um encontro entre Ibaneis Rocha e o secretário de saúde Osnei Okumoto. Na reunião será discutido o cronograma e as próximas ações para o setor.

Entenda o modelo IHB

O Instituto Hospital de Base nunca deixou de ser da rede da Secretaria de Saúde, bem como não deixou de ser 100% público. O IHB tem uma gestão mais moderna, baseada em resultados, com metas e indicadores de qualidade e com regras que permitem manter o abastecimento, a manutenção de equipamentos, além de repor rapidamente a força de trabalho necessária ao funcionamento do maior hospital do DF.

Desde que foi implantado, o IHB dobrou o número de salas cirúrgicas, triplicou o número de cirurgias, reabriu 107 leitos de internação e elevou o nível de satisfação do usuário de 30% para 70%.

Segundo dados do último relatório de gestão apresentado pelo IHB, nos dez primeiros meses de 2018, foram feitas 3.984 cirurgias eletivas. O número é 13% maior que o registrado em 2017.

Os atendimentos de urgência na atenção especializada cresceram de 159.036 para 199.011, no mesmo intervalo.

As internações também subiram de 11.853 para 14.537. E as consultas na atenção especializada (ambulatórios) passaram de 22.624 para 31.381. A regularização no abastecimento dos materiais ortopédicos foi atingida e houve um recorde de cirurgias ortopédicas em julho de 2018, com 136 procedimentos.

Houve a aquisição de um mamógrafo digital com capacidade para 50 exames por dia, reabertura de oito salas de cirurgias, totalizando 12 em operação, recredenciamento para transplantes renais e economia de 11% nas aquisições de medicamentos oncológicos, de 12,6% nas compras de quimioterápicos de uso hospitalar e de 49% nas de órtese, prótese e materiais especiais para trauma e ortopedia.