07/02/2019 às 18:35, atualizado em 07/02/2019 às 19:19

Família Acolhedora

Programa possibilita acolher crianças temporariamente que estejam em situação vulnerável

Por Agência Brasília

Dar carinho e amor são os principais requisitos para quem quer se tornar uma Família Acolhedora – projeto pioneiro no Distrito Federal que busca pessoas que tenham interesse em se candidatar para acolher crianças em situação vulnerável.
O acolhimento familiar é uma das medidas de proteção previstas em caso de direitos violados ou ameaçados seja por ação ou omissão do Estado, dos pais ou responsáveis ou pela própria conduta. A medida está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e é diferente da adoção porque é temporária. A intenção é a reintegração familiar ou o encaminhamento para família substituta.

A ação é voltada para crianças de zero a seis anos. Atualmente há 20 na espera.

[Olho texto=”O serviço é importante porque possibilita o direito à convivência familiar” assinatura=”Júlia Salvagni” esquerda_direita_centro=”coordenadora do grupo aconchego e psicóloga”]

A professora Suzana Prado Rodrigues, 46 anos, é mãe de dois filhos adultos (24 e 29 anos) e está disposta a acolher uma criança em sua casa. “Trabalho com essa faixa etária e sempre gostei do voluntariado. Uma amiga me falou da proposta e achei que essa pode ser uma experiência enriquecedora tanto para mim quanto para quem está precisando. Será um presente se eu for selecionada”, disse.

A biolóloga Mariana Tenedini, 35 anos, e o marido, o médico Cláudio Costa, 38 anos, também estão dispostos a passar pela experiência. “Já faço parte do programa de apadrinhamento e agora queremos contribuir com esse momento em que elas estão precisando de um apoio familiar”.

Os empresários Thaís Melo, 38 anos, e Guillaume Petitgas, 37, estão animados com a possibilidade de acolhimento temporário. “É um momento em que ela [a criança] está em uma situação vulnerável e podemos evitar que tenha um trauma maior. Toda criança precisa de afetividade para crescer saudável”.

Convivência familiar

A coordenadora do grupo aconchego e psicóloga Júlia Salvagni ressalta que o projeto é importante porque possibilita o direito à convivência familiar. “As instituições são importantes, mas o cuidado individualizado faz uma diferença grande na vida da criança. Ela precisa se sentir acolhida e ter uma base emocional”, frisa a psicóloga. Ela esclarece que todas as configurações familiares são aceitas e não é preciso ser casado para participar da ação.

O serviço

O serviço Família Acolhedora é resultado de um de Termo de Colaboração feito entre o Grupo Aconchego e o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES). Para estar apto a participar, é preciso atender a alguns critérios, como: residir no Distrito Federal; ter maioridade civil; não ter como projeto a adoção; ter disponibilidade afetiva e emocional; não ter antecedentes criminais e habilidade em ser cuidador.

Larissa Rabelo, gestora da parceria, explica que as famílias que demonstrarem interesse irão passar por uma capacitação prévia e irão receber as crianças de acordo com o perfil de cada uma [família]. “Permanecendo ali até o retorno às famílias irá contribuir muito para o bem-estar delas”.

As famílias terão acompanhamento quinzenal da equipe técnica, por meio de visitas. O acolhimento pode durar até dois anos. A equipe do serviço é composta por assistentes sociais, psicólogos, além de pessoal administrativo e de suporte. No momento da inserção temporária no ambiente familiar, a criança recebe um enxoval básico para seus primeiros dias no novo lar.

Inscrições

No dia 16 de fevereiro está programada palestra às 10h, no Centro Educacional Leonardo da Vinci – Taguatinga Sul (próximo à estação do metro Taguatinga Sul e do supermercado Carrefour), com o tema “O Serviço Família Acolhedora”. Quem tiver interesse em conhecer o funcionamento do programa deve fazer a inscrição pelo: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeTjpWp5EBg5dpgiBajD_llJIAIjTo4_1xtXgKlN_vNsFIulQ/viewform.