14/04/2019 às 15:06, atualizado em 12/07/2019 às 16:13

População se sente mais segura com a troca de luminárias tradicionais por lâmpadas de LED

Operação da CEB no entorno do Hospital de Ceilândia trouxe melhora sensível nas condições de iluminação

Por Agência Brasília *

O sol se põe, mas parece dia na QNM 28 e no estacionamento do Hospital Regional de Ceilândia. Ao entardecer, os postes acendem automaticamente, sem deixar que as centenas de pessoas que passam na região fiquem no escuro. Esse é o resultado bem-sucedido de uma ação da Companhia Energética de Brasília (CEB), que, em março, realizou a substituição de 398 lâmpadas de vapor de sódio por luminárias de LED, alterando completamente as condições da iluminação pública no local.

“A economia de energia pode chegar a 60%”, explica Paulo Henrique Nazareth, engenheiro eletricista da CEB há 21 anos, situando a diferença entre esse equipamento e as lâmpadas comuns. “Os LEDs possuem 60 mil horas de vida útil e perdem apenas 30% de luz quando atingem esse tempo. Já as lâmpadas de vapor de sódio queimam quando chegam às 32 mil horas”.

No entorno do Hospital de Ceilândia, o consumo de energia de uma lâmpada de vapor de sódio de 400w custava R$ 68,70 por mês. Agora, o gasto mensal será de R$ 38,27. A previsão da área técnica da CEB é que o investimento em lâmpadas LED retorne para os cofres públicos em 33 meses, apenas com a economia de energia.

[Numeralha titulo_grande=”60%” texto=”Índice de economia gerado pelas lâmpadas de LED, em comparação com o sistema tradicional” esquerda_direita_centro=”direita”]

Segurança

O comerciante José Alves trabalha há 20 anos na frente da emergência do hospital. Ele conta que a área nunca esteve tão clara como agora: “Eu reduzi o consumo de energia do meu estabelecimento depois da troca das luminárias. Minha lanchonete fica aberta 24 horas por dia. Antes, as pessoas tinham medo de ficar aqui de madrugada; agora, não mais. Me sinto seguro para servir durante toda a noite”.

A instalação de luminárias de LED na região trouxe segurança não só para os comerciantes locais, mas também para os trabalhadores do hospital de Ceilândia. Vigilante há três anos, Edimar Campos conta que trabalhar naquela área é arriscar a vida todos os dias. “Perdemos um colega vigilante que foi surpreendido por um bandido que roubou sua arma e atirou, relata. “A iluminação faz parte do trabalho do segurança, é um instrumento importante para identificar possíveis situações de perigo. Com essa claridade, é mais difícil que isso aconteça novamente. ”

Quem também está feliz com a nova iluminação pública é Rubinaldo Lima. Eletricista há 39 anos no Hospital de Ceilândia, ele explica que o LED diminui consideravelmente a necessidade de manutenção. “As luminárias de vapor de sódio, quando aquecem, desligam automaticamente. Até as equipes conseguirem religar, o local ficava no breu. O bandido vive de oportunidades e eram nesses momentos que eles tentavam se aproximar”.

Movimento

No momento da troca das luminárias, Marlon Lelis estava trabalhando na drogaria que fica na avenida do hospital. “Eu percebi a diferença na iluminação na mesma noite”, conta. “Agora está sempre claro e inclusive tem mais gente na rua. ”

 

Com a iluminação nova, aumentou a sensação de segurança e o fluxo de pessoas na avenida em frente ao hospital da Ceilândia. Na última semana de março, por volta das 21h, um grupo de seis adolescentes andava tranquilamente pela rua a caminho da parada de ônibus. Eles voltavam do treino de basquete da Escola Parque. “Achamos essa nova iluminação uma medida de segurança muito boa”, comentou João Mesquita, 16 anos. “Antes era amarela e não iluminava tão bem. Agora são brancas, bem melhor para a gente ver de longe. ”

Adolescentes comemoram a nova iluminação: muito mais segurança para todos /Fotos: CEB/Divulgação

A substituição das luminárias de vapor de sódio por LED faz parte do projeto de eficientização da CEB. De acordo com o diretor técnico da companhia, Paulo Afonso, novas substituições serão feitas em breve em todo o Distrito Federal. “Priorizaremos as áreas públicas que apresentam mais riscos à noite como escolas, praças, quadras de esporte, UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] e hospitais”, anuncia.

* Com informações da CEB