21/04/2019 às 13:41, atualizado em 21/04/2019 às 13:56

Festa na Esplanada dos Ministérios para os 59 anos de Brasília

A esquadrilha da fumaça arrancou aplausos do público com manobras radicais no céu da cidade

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília

O brasiliense acordou cedo para comemorar o aniversário de 59 anos de Brasília. O dia começou com a Troca da Bandeira e, às 10h, a Praça dos Três Poderes estava cheia. O tempo ensolarado, com céu limpo praticamente sem nuvens, foi o cenário perfeito para moradores da capital e turistas assistirem à apresentação da Esquadrilha da Fumaça, a grande atração da festa. Cada manobra dos caças era aplaudida pelo público, filmada por celulares e compartilhada pelas redes sociais.

Esquadrilha da Fumaça foi a grande atração da festa Fotos: Lúcio Bernardo Jr; / Agência Brasília

Desde julho de 2015, a Esquadrilha da Fumaça se apresenta com aeronaves A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer e já usado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em missões de defesa aérea, treinamento avançado, ataque leve, escolta, patrulha aérea de combate e formação de líderes da aviação de caça. O Super Tucano é a quinta aeronave adotada na história da instituição, que já fez 3,8 mil demonstrações no Brasil e em 21 países.

Toda apresentação da Esquadrilha da Fumaça, cujo nome oficial é Esquadrão de Demonstração Aérea, conta com sete pilotos em sete aeronaves. Cada posição de voo tem uma função específica. Um oitavo piloto fica em solo realizando a locução. Geralmente, a demonstração tem duração de 35 minutos e conta com cerca de 50 acrobacias. Dependendo da meteorologia do momento, porém, a duração e o número de acrobacias executadas podem ser diferentes. A apresentação em homenagem à capital durou 50 minutos.

Crianças se divertem nas comemorações do aniversário de Brasília Foto: Lúcio Bernardo Jr.

A arquiteta Juliana Picácio, 38 anos, e o engenheiro eletricista Marcelo Picácio, 41, levaram o filho Gabriel, 2 anos, para assistir à Esquadrilha da Fumaça pela primeira vez. Encantado, o pequeno não tirava os olhos do céu e repetia incansavelmente a palavra fumaça ao ser questionado pelo pai sobre o que saía dos aviões. Moradores da Asa Sul, o casal disse que Brasília é uma cidade com qualidade de vida sem igual. “A cidade tem muito verde, é ótima para criar crianças, a segurança já foi melhor, mas ainda é uma capital mais segura que Rio e São Paulo”, disse Juliana que vive em Brasília desde os 2 anos.

A criançada também se divertiu nos brinquedos infláveis, oficinas de ilustrações e pintura livre. Eles também assistiram apresentações dos mágicos, palhaços e músicos do grupo Circo Teatro Artetude, que tinha também malabaristas e perna de pau. Mani Maria dos Santos, 36 anos, saiu cedo de Samambaia com o marido e os dois filhos, de 3 anos e 1 ano, que pulavam na cama elástica enquanto ela esperava sentada no gramado atrás do Congresso Nacional.

Ela estava acompanhada da mãe, Vera Lúcia Ferreira Silva, 67 anos, que mora em Limeira, no interior de São Paulo e sempre vem a Brasília visitar os netos. Mani também morava em São Paulo e se mudou para Brasília por causa do trabalho do marido que veio transferido. A ideia era ficar dois anos, mas os filhos acabaram nascendo no DF e o casal criou raízes na capital. “O tempo foi passando e fomos ficando. Brasília é uma cidade muito boa”, declarou.

Teve gente que aproveitou a festa para trabalhar. Como Raimunda Rodrigues, 56 anos, ambulante que vendia souvenirs de Brasília. Nascida no Ceará, ela mora em Brasília há 40 anos. “O movimento ainda está fraco, cheguei agora. Mas conquistei tudo que tenho com meu trabalho. A situação não está fácil, temos muitos concorrentes, mas nunca precisei roubar nem ser desonesta. Amo Brasília”, falou. A maioria das pessoas que paravam Raimunda interessadas nos souvenirs era turista, mas a brasiliense Hanna Ferreira, 33 anos, queria enfeitar a casa com os símbolos turísticos de Brasília: o Congresso Nacional, a Catedral e o Monumento Os Candangos, erguido na Praça dos Três Poderes em homenagem aos operários que construíram a capital. “Brasília é linda demais. Vou levar para minha sala”, contou Hanna.