14/05/2019 às 15:04, atualizado em 12/07/2019 às 15:58

Governo quer abrir capital de empresas públicas

Ibaneis Rocha disse que estuda a venda de ações da Caesb, do Metrô e da CEB, para aliviar a carga nos cofres públicos

Por Renata Moura, da Agência Brasília

A CEB é uma das empresas para as quais está sendo estudada a abertura de capital /Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

O governador Ibaneis Rocha avalia a possibilidade de abertura do capital de pelo menos três empresas públicas: Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Companhia Energética de Brasília (CEB) e Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF). Com a medida, o governo pretende estancar prejuízos que ultrapassam a cifra dos bilhões de reais.

“Não vamos privatizar totalmente as empresas; vamos abrir o capital para capitalizar as empresas e ampliar as condições de investimento”, explicou Ibaneis, durante reunião com empresários do setor da construção civil nesta terça (14).

[Olho texto=”Não vamos privatizar totalmente as empresas; vamos abrir o capital para capitalizar as empresas e ampliar as condições de investimento” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]

O governador destacou que a iniciativa é uma forma de atrair o dinheiro dos investidores para as empresas, por meio de operações como venda de ações, entre outras. “Isso será bom para que ninguém fique no sufoco de começar uma obra e não conseguir uma ligação de água porque não tem recursos”, lembrou.

Outra preocupação do governador é com a CEB, que, conforme os últimos balanços publicados, apresenta um déficit bilionário em suas contas. “Está publicado para quem quiser ver”, apontou Ibaneis. “A empresa teve um prejuízo de R$ 1 bilhão e precisa de R$ 500 milhões em investimentos. Se não o fizer, corre até o risco de perder a concessão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que já notificou a diretoria da CEB.”

Os moldes da venda das ações das empresas públicas à iniciativa privada ainda estão sendo estudados com muita cautela. O governo quer garantir que a abertura do capital seja, de fato, revertida em investimentos e melhorias para os servidores.