07/06/2019 às 15:22, atualizado em 07/06/2019 às 16:34

Brasília, durante dez dias, será a cidade da literatura e da recreação cultural

Cerca de 20 mil pessoas devem passar diariamente pela 35ª Feira do Livro, evento que conta com suporte institucional do GDF

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília

Entre as atrações da feira, a contação de histórias atrai bastante o interesse do público infantil / Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Imagine um lugar cercado de livros por todos os lados, um verdadeiro paraíso da fabulação, onde a fantasia corre solta e a imaginação não tem limite. Esse lugar existe e está bem ali, na praça entre o Museu Nacional da República e a Biblioteca Nacional. Ocupando um espaço de 27.500 m², a Feira do Livro de Brasília (Felib) chega à  35ª edição transformando o Distrito Federal, nos próximos dez dias, em uma verdadeira cidade do saber e do conhecimento. A expectativa é que pelo menos 20 mil pessoas passem pelo local diariamente.

É nesse espaço todo que são esperados mais de 13 mil alunos da rede pública do DF. A organização do evento informa que haverá 30 ônibus disponíveis, durante a manhã e a tarde, para conduzir os jovens. E eles já começaram a chegar. É o caso de Ana Clara F. Melo Souza, de 12 anos, aluna da sétima série do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 09 de Sobradinho 2. É a primeira vez que ela vai a uma feira literária. Ficou encantada pelo tamanho e pela quantidade de livros, de todos os tamanhos, cores e assuntos. “Gosto muito de ler, então estou me sentindo no paraíso”, comemora a jovem.

Colega de escola de Ana Clara, Vítor Barcelos, de 9 anos, aluno da quinta série, também nunca tinha indo a um evento dessa envergadura e importância. O deslumbramento diante das montanhas de livros que o cercavam era grande. “É uma nova experiência, com certeza”, entusiasma-se. “A gente nem sabe para onde olhar direito.”

O diretor da CEF 09, Alexandre Galdino, que também é professor de geografia na instituição, concorda quando o jovem diz tratar-se de uma nova experiência para os 32 alunos selecionados para conhecer o espaço. “Hoje em dia tem livraria em todo lugar, mas não são todas as crianças que têm oportunidade de conhecer um evento como esse, ter contato com os escritores, livros abarcando temas variados”, destaca. “Então, quando se oportuniza uma chance como essa, é incrível, é um mundo bem diferente daquele que elas têm na escola ou em casa.”

Estandes do GDF

Organizada pelo Instituto Latinoamerica e pela Câmara do Livro do DF, a Felib – que tem suporte institucional do GDF, por meio das secretarias de Educação e Cultura e Economia Criativa –, ao longo de três décadas e meia, promove iniciativas que valorizam a literatura e as artes. Totalmente formatado nesta edição, o evento literário traz proposta pedagógica, literária e infantil mais inclusiva e diversificada.

Indo ao encontro a esse conceito, a Secretaria de Educação anunciou, na última quarta-feira (4), a liberação de uma verba de R$ 1 milhão para compras de títulos no espaço. O incentivo, publicado no Diário Oficial do DF (DODF) no mesmo dia, veio por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), e tem como objetivo despertar o interesse dos jovens pela Feira do Livro. Em média, cada unidade de ensino poderá gastar cerca de R$ 1,4 mil.

“Queremos cada vez mais leitores e formadores de leitores apaixonados e atuantes, e por isso convidamos todas e todos os profissionais da educação do Distrito Federal, estudantes e familiares a frequentar e aproveitar a Cidade do Livro”, afirma o secretário de Educação do DF, Rafael Parente, que comandará uma série de ações de um estande reservado à sua pasta.  “Essa iniciativa da secretaria é excelente, porque estimula o conhecimento, incentiva o hábito da leitura numa sociedade cada vez mais digitalizada”, resume a escritora Fernanda de Oliveira, curadora de livros infantis da feira e uma das contadoras de histórias do evento.

Espaço igualmente exclusivo foi cedido à Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), que apresentará à comunidade uma vasta programação da qual fazem parte contação de histórias, oficinas literárias, mesas redondas e espaços dedicados ao cinema. Parcerias com o Instituto Histórico Geográfico do DF (IHGDF), Arquivo Público do DF e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vão resgatar não apenas a história da nossa cidade, mas valorizar a importância, entre jovens e crianças, dos patrimônios culturais da capital.

“O patrimônio material é uma das prioridades do governo Ibaneis Rocha e do secretário de Cultura, Adão Cândido”, destaca o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secec, Cristian Brayner. “A defesa da cultura passa pela valorização de nossos equipamentos culturais”.

Confira aqui a programação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa na 35ª edição da Feira do Livro de Brasília.

Confira aqui o Guia da Secretaria de Educação na Feira do Livro de Brasilia.