07/06/2019 às 11:02, atualizado em 07/06/2019 às 13:14

Junho Vermelho: o mês do amor ao próximo

Hemocentro conta com a colaboração das brasilienses para manter o estoque de sangue. Maior carência é pelo tipo O negativo

Por Daniela Brito, da Agência Brasília

Junho Vermelho chama atenção para a doação de sangue. Foto: Renato Araújo/ Agência Brasília

O mês de junho é voltado para a doação de sangue em todo o Brasil, uma forma linda de demonstrar amor pelo próximo e ajudar a salvar vidas. Hoje, no Distrito Federal, o estoque de sangue no Hemocentro é considerado estável, porém o tipo O Negativo está em falta. E com a chegada do inverno e o período de férias o armazenamento de sangue tende a diminuir.

A chefe do Núcleo de Captação Registro e Orientação de Doadores, Ana Gabriela Almeida, explica que até 14 de junho (data em que é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue) os doadores negativos vão receber senhas preferenciais para suprir a ausência deste tipo sanguíneo. Mas ressalta que isso não anula a importância das demais pessoas também doarem.

“Nós precisamos muito que os doadores venham. No mês de julho o Hemocentro tem uma queda no volume da doação. Com o voluntário vindo, antes deste período, pelo menos as hemácias, que têm validade de 42 dias, a gente consegue aproveitar e deixar o estoque abastecido”, afirma.

O Hemocentro de Brasília é o único banco de sangue público do Distrito Federal responsável por fornecer hemocomponentes para todos os hospitais públicos da capital e alguns conveniados, como Hospital das Forças Armadas (HFA), Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), Hospital Sarah Kubitschek e Hospital Universitário de Brasília (HUB). Apenas 2.4% da população do Distrito Federal é doadora de sangue. Em 2018, o Hemocentro recebeu mais de 53 mil doações de sangue.

Exemplos
E bons exemplos não faltam. Mário Sergio da Silva Rosa, 30 anos, técnico de enfermagem foi ao Hemocentro na tarde desta quinta-feira (6), acompanhado da esposa. Ao saber que o seu tipo sanguíneo estava em falta, resolveu colaborar. “Eu vim pensando no próximo. Como tem um déficit do meu tipo sanguíneo (O-) aqui em Brasília, eu e minha esposa combinamos de vir juntos e fazer a doação hoje. Essa é primeira vez de várias”, conta.

Ana Flávia Soares, 22 anos, estudante de Enfermagem, também tirou um tempo para ajudar o próximo. “Eu acho importante porque todo mundo pode precisar um dia. Temos que tratar as pessoas como nós gostaríamos de ser tratado. É de graça e você contribui. As pessoas precisam de nós e temos que ajudar”, ressalta.

Como doar
Todas as informações para ser um doador estão disponíveis no site do hemocentro.