17/07/2019 às 09:49, atualizado em 18/07/2019 às 15:59

Aparelhos de endoscopia de última geração chegam à rede pública​ de saúde

Os novos equipamentos têm imagem em alta resolução e detectam, precocemente, câncer e outras doenças do aparelho digestivo

Por Agência Brasília

A partir desta quarta-feira (17), a rede pública de saúde do Distrito Federal conta com mais oito aparelhos para realizar exames de endoscopia digestiva alta e colonoscopias. 

Foram instalados dois equipamentos em cada um dos hospitais regionais de Taguatinga, Gama, Sobradinho e Ceilândia. Todos os profissionais receberam treinamento para aprender a trabalhar com o dispositivo, considerado o mais moderno do tipo na América Latina.

“Será possível realizar em torno de 900 exames de endoscopia digestiva alta por mês, além de 600 colonoscopias mensalmente, com marcação pelo Complexo Regulador”, frisa Hermes Gonçalves Aguiar Junior, referência técnica distrital de endoscopia da Secretaria de Saúde. 

Terão prioridade pacientes internados, para liberar leitos, e aqueles casos considerados mais graves.

Na fila

Atualmente, a demanda por colonoscopias é de 2.820 pacientes; 8.163 para endoscopia; e outros 48 para retossigmoidoscopia. Até então, somente exames de urgência eram feitos nas unidades de Taguatinga, Ceilândia, Sobradinho e Asa Norte.

Os exames auxiliam no diagnóstico e terapêutica de doenças do aparelho digestivo. Com os equipamentos antigo,s somente era possível detectar a doença já em estágio avançado.
“Os aparelhos são equipados com tecnologia ótica de Narrow Band Image, que auxilia na identificação do câncer precoce de esôfago, estômago e cólon”, explica Aguiar Junior.

Os aparelhos são equipados com tecnologia ótica de Narrow Band Image, que auxilia na identificação do câncer precoce de esôfago, estômago e cólonHermes Junior, referência técnica distrital de Endoscopia da Secretaria de Saúdeesquerda

O Hospital Regional do Gama (HRG) foi o primeiro a fazer exames no novo equipamento. Para o gastroenterologista Gustavo Ramanholo, o aparelho facilitou o trabalho. “O monitor nos permite visualizar o paciente e as imagens de frente. A precisão das imagens também nos ajuda no diagnóstico”, destacou Ramanholo.

Os exames demoram, em média, de sete a dez minutos. “Mas temos de fazer a higienização do equipamento e a desinfecção demora cerca de uma hora”, detalha o médico.

Economia

Além de modernizar os equipamentos e acelerar o andamento dos exames, a Secretaria de Saúde conseguiu economizar com a compra desses aparelhos. 

Cada processadora com os tubos de endoscopia custa, em média, R$ 715 mil. A pasta adquiriu pelo preço unitário de R$ 300 mil .

Segundo Ramanholo, os novos equipamentos chegaram para substituir e atualizar os aparelhos antigos da rede. “Temos oito equipamentos antigos que irão para a manutenção e voltarão, em breve, para aumentar a capacidade instalada na rede”, explica. 

* Com informações da Secretaria de Saúde/DF