23/07/2019 às 09:42, atualizado em 23/07/2019 às 13:07

Mutirão da Emater, Seagri e produtores leva água ao Núcleo Rural Rio Preto

Rompimento de  barragem suspendeu fornecimento em 2017; produtores da comunidade Chácaras 90 comemoram

Por Agência Brasília *

Coordenado pela Emater-DF e pela Secretaria de Agricultura (Seagri), um grande mutirão restabeleceu o fornecimento de água a produtores da comunidade Chácaras 90, no Núcleo Rural Rio Preto. O lugar estava sem abastecimento desde o rompimento da barragem, em março de 2017 – levava, então, água para 73 hectares.

“Desde então, cada produtor estava pagando de R$ 1.000 a R$ 1.800 por mês de energia elétrica para puxar água do córrego por meio de bomba. Além disso, eles tiveram uma queda de 50% a 60% na produção”, conta a gerente da Emater-DF no Rio Preto, Amanda Venturim.

Para minimizar o problema, a Emater-DF orientou os agricultores em relação ao manejo de irrigação para que conseguissem produzir mesmo usando pouca água e economizando energia. 

“Apesar da redução da área de plantio, produtores conseguiram aumentar sua produtividade com o manejo de irrigação. Se não fosse isso, o prejuízo seria pior”, diz Amanda.

Como para a reparação da barragem era preciso contratar um projeto de engenharia, foi pensada em uma solução emergencial. Técnicos da Emater-DF no Rio Preto e da Seagri se reuniram e decidiram colocar uma tubulação para retirada da água diretamente do córrego.

[Olho texto=”Fornecemos a tubulação, orientamos e direcionamos os agricultores durante toda a obra” assinatura=”Edvan Ribeiro, técnico da Seagri” esquerda_direita_centro=”Esquerda”]

Técnicos da Seagri levaram a proposta aos agricultores, que teriam que contribuir com a mão de obra e compra de materiais que a Seagri não tivesse. “Então, mostramos como os canos deveriam ficar no nível correto e, assim, evitar a entrada de ar. Caso contrário, não daria certo”, relata Ribeiro.

Então, na primeira semana de julho, depois de alguns dias de obra, veio o momento de esperar a água chegar. “Eu fiquei com eles até a água chegar. E foi só alegria”, conta a gerente Amanda Venturim. Apesar de a vazão não ser alta, é o suficiente para produzirem até que a barragem possa ser recuperada.

 A Emater-DF está em processo de articulação para tentar conseguir recursos de emenda parlamentar ou de parcerias para a contratação do serviço de engenharia. O canal de irrigação da comunidade tem 3,5 quilômetros e atende a seis propriedades rurais.

 O produtor de hortaliças Luciano Alves de Sousa chegou à região em 1978, com o pai. Ele conta que foi em 2015 que conseguiram outorga para uso da água do canal de irrigação com ajuda da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Coopermista), da qual faz parte. Antes disso, ficavam metade do ano sem água.

 “Depois que a barragem estourou, tivemos que puxar água do córrego por bomba e pagar uma conta de energia elétrica de R$ 1.800. Não dava nem coragem de fazer as contas para saber se estava valendo a pena produzir”, lembra Souza. “Agora estamos muito felizes de poder voltar a produzir com mais tranquilidade e somos muito gratos à Emater e à Secretaria de Agricultura”, diz.

* Com informações da Seagri e da Emater-DF