25/07/2019 às 10:21, atualizado em 25/07/2019 às 18:03

Esforço do GDF no combate ao desemprego tem saldo positivo

Dados do Cadastro de Empregos divulgados nesta quinta mostram que a geração de postos de trabalhos foi de 0,08% em junho. Em todo 2019, a variação efetiva foi de 1,56%

Por Ana Luiza Vinhote e Ian Ferraz, da Agência Brasília

Karlla Dias é recepcionista de um hospital particular. Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília

As ações do Governo do Distrito Federal realizadas diariamente com o foco em gerar mais emprego na capital têm refletido em números positivos. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (25), 24.520 postos de trabalho foram gerados em junho no DF, com uma variação levemente em alta de 0,08%. Neste mesmo período, foram registrados 23.910 desligamentos.

Das 27 unidades da federação, 19 obtiveram variação positiva, entre elas o Distrito Federal – que ficou em 15º lugar. Há mais para se registrar na capital da República: o saldo do emprego celetista em junho do ano passado, foi de 484 postos. No mesmo mês de 2019, pulou para 610, conforme o Ministério da Economia

Em todo o ano de 2019, a variação foi de 1,56% – com 153.381 mil admissões e 141.068 desligamentos. Em 12 meses, o aumento foi ainda mais significativo: 2,20%, com 296.345 admissões e 279.095 desligamentos.

No Brasil, foram gerados 48.436 empregos formais em junho – o melhor resultado para o mês desde 2014. Isso significa uma alta de 0,13% em relação ao estoque do mês anterior.

Aqui no DF, Felipe Ramos, 24 anos, é um desses profissionais que ‘geraram o saldo positivo’ de 610 vagas em junho. A saga para conseguir o primeiro emprego começou logo após ele se formar em publicidade e propaganda, em 2018. Ao longo de cinco meses, o morador de Ceilândia Norte participou de quatro processos seletivos, além de mandar o currículo para outras vagas.

Felipe: primeiro trabalho em junho deste ano.     Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

“O mercado é muito exigente com quem acabou de se formar. Há lugares que pedem qualificações que ainda não tivemos tempo de ter. Então estou muito feliz por ter conseguido essa oportunidade”, comemora. Felipe trabalha na área de marketing de uma firma que loca impressoras para empresas e que desenvolve tecnologias para clínicas e hospitais particulares. 

Alívio foi o sentimento que Karlla Dias, 26 anos, sentiu quando conseguiu um emprego este ano. Ela tem uma filho de 2 anos e divide as despesas de casa com uma amiga. “Todos os dias eu mandava currículo por e-mail e também cheguei a entregar alguns pessoalmente”, lembra ela, que estava desempregada desde 2018.

[Olho texto=”É a melhor sensação do mundo (ter um emprego). Ficar desempregada, ainda mais com um filho pequeno, é muito complicado” assinatura=”Karlla Dias, recepcionista ” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Recepcionista de um hospital particular, Karlla conta que consegue  dormir mais tranquila à noite. “É a melhor sensação do mundo [ter um emprego]. Ficar desempregada, ainda mais com um filho pequeno, é muito complicado”, comenta a moradora de São Sebastião.  

Perspectiva estimulante

Para o secretário do Trabalho do DF, João Pedro Ferraz, o saldo positivo é conquista das primeiras ações do governo. “Por determinação do governador Ibaneis Rocha fizemos um diagnóstico e elaboramos projetos para enfrentar o desemprego. Para os próximos meses, há boas perspectivas, pois começamos a crescer”, comentou. 

O responsável pela pasta também credita o avanço dos postos de trabalho à retomada de obras. “Além da criação de programas que facilitem a vida dos empresários, que ajudam a fomentar a economia da cidade”, lembra o secretário.   

O presidente da Junta Comercial, Industrial e de Serviços do Distrito Federal (Jucis-DF), Walid de Melo, explica que  as  perspectivas empresariais para o segundo semestre serão melhores que as do primeiro por contar com fatores estimulantes: o pagamento de 13º salário e as festas de final de ano. “Em 2019, excepcionalmente, teremos ainda o efeito positivo gerado pelo saque do FGTS”, frisa. 

Segundo o responsável pelo órgão, a liberação do FGTS deverá potencializar a demanda nos próximos meses, gerando efeito positivo sobre o oportunidades de trabalho,  principalmente em atividades relacionadas ao comércio. “No caso da indústria, o aumento dos postos de trabalho estará condicionado a fatores relacionados à redução da carga tributária, taxa de juros e à desburocratização. A Junta Comercial está se empenhando nessas questões em parceria com outros órgãos”, garante. 

[Olho texto=”O índice de confiança é bastante expressivo. O governador vem anunciando obras, o que gera mais emprego no setor de construção civil” assinatura=”Jamal Bittar, presidente da Fibra” esquerda_direita_centro=”direita”]

Para o presidente do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Francisco Maia, os empresários da capital também estão confiantes na recuperação da economia local nos próximos meses. 

“Algumas pesquisas indicam que há aumento de vendas no setor imobiliário, por exemplo – o que também significa um salto na construção civil. Os comerciantes já estão fazendo compras para o Natal porque acreditam que a procura da população será grande”, afirma.  

O setor industrial é outra área que vem se recuperando a cada dia, de acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra-DF), Jamal Bittar. “O índice de confiança é bastante expressivo. O governador [Ibaneis Rocha] vem anunciando obras, o que gera mais trabalho no setor de construção civil. A independência da Junta comercial também foi um grande avanço para a geração de emprego e renda”, pontua.