12/09/2019 às 13:43, atualizado em 12/09/2019 às 15:43

Iges/DF comemora os 59 anos do Hospital de Base

Paco Britto participa da cerimônia realizada no jardim da unidade e ressalta os 600 mil atendimentos por ano realizados pelo hospital

Por Lucíola Barbosa, da Agência Brasília *

O paciente Wilton Silva de Lima, 61 anos, em sua cadeira de rodas, assistia tranquilamente ao evento em comemoração aos 59 anos do Hospital de Base, na manhã desta quinta-feira (12), no jardim da unidade. Ele está internado, há pouco mais de 15 dias, aguardando a realização de uma cirurgia na coluna. “Estou confiante. Agora [nesta gestão], a comemoração [do aniversário] é válida”, elogiou.

A cunhada dele, Rosynei das Graças Rangel Freitas, que o acompanhava no momento da cerimônia, fez questão de ressaltar que o atendimento do hospital é ótimo. “Toda equipe está fazendo o possível para nos atender. Os médicos e enfermeiras nos dão toda atenção. Acredito que até a semana que vem, por se tratar de uma urgência, ele vai ser operado”, disse, explicando que Wilton ainda não passou pela cirurgia, porque ainda terá que colocar uma válvula no coração.

O vice-governador do Distrito Federal Paco Britto, que prestigiou a solenidade, ouviu atentamente o relato desse e de outros pacientes que acompanharam as várias atividades preparadas pelo Instituto de Saúde do Distrito Federal (Iges/DF), especialmente para esse dia.

Os presentes acompanharam a apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro – regida pelo maestro Claudio Cohen; o lançamento do livro fotográfico “Olhar que acolhe” – registros das vivências da fisioterapeuta do Hospital de Base, Karla Xavier; a inauguração da Casa Rosa da Rede Feminina de Combate ao Câncer; a entrega de placas de honra ao mérito para grupos de voluntários do Hospital de Base – no total, são quatro grupos de voluntários, com mais de 600 pessoas, atuando diariamente nas dependências do hospital e a soltura de 59 balões, em alusão aos 59 anos no hospital.

“Em seus 59 anos, o Hospital de Base reforça a visão de JK na centralização e grandeza de atendimento à toda população do DF e do entorno, com quase 600 mil atendimentos por ano”, informou Paco Britto, que representou o governador Ibaneis Rocha, durante a solenidade.

Paco também destacou o balanço positivo das ações traçadas na saúde, nos primeiros oito meses de governo, para ampliar a qualidade de atendimento à população. Na sua opinião, as três principais medidas adotadas pela direção do instituto, em busca de eficiência no atendimento da população do DF, são a reforma e manutenções das infraestruturas hospitalares; o abastecimento de medicamentos e insumos e a contratação de mais de dois mil e quatrocentos profissionais.

Para o diretor-presidente do Iges/DF, Francisco Araújo, o instituto é uma esperança para a população do DF. “Temos feito o possível e o impossível. O governador Ibaneis nos cobra todo dia, para que a gente produza resultado”, revelou. “Quantas vidas foram salvas aqui? As famílias que tiveram seus entes salvos têm que comemorar. Estamos de passagem. Ninguém é dono disso daqui”, refletiu, lembrando que, na semana passada, mais de 35 leitos foram inaugurados no hospital em Santa Maria.

Moradora de Samambaia Norte, Marly Bezerra de Melo, 57 anos, opinou que o atendimento do hospital melhorou cem por cento. “Aqui tudo melhorou: o atendimento, a equipe”, disse. O esposo Wanderlei dos Reis, 49 anos, deve ter alta em breve. “Ele está bem. Só está aguardando um exame”, revelou, acrescentando que Wanderlei passou pela cardiologia e agora está na nefrologia.

Maior
Segundo maior hospital com leitos no Centro-Oeste, o Hospital de Base, em janeiro de 2018, passou a se chamar Instituto Hospital de Base (IHBDF), com autonomia para contratar profissionais, comprar insumos e gerir um orçamento de R$ 602 milhões, sendo o primeiro hospital público da capital a adotar o modelo de administração.

Neste ano, ele voltou a ser chamado de Hospital de Base, ainda integrando o agora denominado Instituto de Saúde do DF (Iges/DF) – composto, ainda, pelo Hospital Regional de Santa Maria e as seis unidades de pronto atendimento (UPAs).

Infraestrutura
O Governo do Distrito Federal investiu 1 milhão e meio de reais em reforma das UPAs – a primeira contemplada foi a de Ceilândia. Outra medida positiva foi a renovação de lâmpadas e outros equipamentos, visando aumentar a segurança dos funcionários e da população, cujo investimento foi de R$ 290 mil. Além disso, foram reabertos, só no Hospital de Base, 26 leitos de UTI que estavam fechados desde 2018.

Participaram do evento o secretário de Saúde, Osnei Okumoto; o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco Figueiredo; os representantes religiosos, padre Carlos Tosclé e Aristôn Teles, da Comunhão Espírita, que abençoaram a cerimônia; o médico Pompilho, – o profissional mais antigo do hospital; representantes, profissionais e voluntários do Hospital de Base e do Iges/DF; pacientes, entre outros convidados.

Hospital de Base
O Hospital de Base é a maior unidade da rede pública de saúde da capital e reconhecido pelo atendimento de trauma e procedimentos de alta complexidade. Inaugurado em 12 de setembro de 1960, foi chamado, inicialmente, de Hospital Distrital. A unidade tem 54 mil m² de área construída. Atualmente, abriga quase três mil servidores.

Realizou mais de sete mil cirurgias de janeiro a agosto deste ano. De janeiro a julho, foram feitos 527.552 procedimentos com finalidade diagnóstica, 1.023.232 procedimentos ambulatoriais e 177.877 consultas. Nos hospitais da rede de saúde do DF, desde janeiro deste ano, foi registrada a marca de 39.162 cirurgias.

Também possui o maior serviço de oncologia do DF. São aproximadamente 150 casos novos de câncer no ambulatório, por mês. No evento, foi lançado oficialmente o Guia de Condutas Oncológicas do Hospital de Base – livro sobre o Serviço de Oncologia Clínica do Hospital de Base, que é uma das referências para o tratamento do câncer no DF.

Com informações do Iges/DF