03/10/2019 às 16:55, atualizado em 03/10/2019 às 18:29

Amanhã (4) é dia de lançar foguetes em Brasília

Alunos da rede pública do DF e Entorno participam de olimpíada científica para, literalmente, mandar projéteis de garrafa pet ao espaço

Por Emanuelle Coelho, da Agência Brasília

Uma junção de conhecimentos de química, física e matemática vai motivar a 1ª Olimpíada de Foguetes de Brasília, que acontece nesta sexta-feira, na Escola Técnica de Brasília (ETB), a partir das 14h. 

Participam da competição 24 equipes, cada uma com quatro integrantes, formadas por alunos dos ensinos Médio e Fundamental de escolas públicas do Distrito Federal e do Entorno. 

Cada uma delas terá direito a fazer dois lançamentos. Para tanto, é preciso que os estudantes calculem, entre outros aspectos, a inclinação do foguete, a velocidade do vento, peso etc. 

Obviamente, vencerá a equipe que conseguir lançá-lo mais longe – e o troféu terá formato de… foguete. No ensaio realizado especialmente para a Agência Brasília, na tarde desta quinta (3), a maior distância alcançada foi de 157 metros. 

Os foguetes são feitos basicamente de garrafas pet e papelão. O combustível é vinagre e bicarbonato de sódio ou água e ar comprimido. 

Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Os professores Izaias Cabral, Marcos Silva e Lucas Gaio, da comissão que organiza o teste científico, explicam que a ideia é despertar o interesse dos alunos pela área. “Precisamos de cientistas, pesquisadores e engenheiros. E essas atividades despertam o interesse deles”. 

E mais: o teste vai treinar a garotada para participar da Mostra Brasileira de Foguetes, que faz parte da programação da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (Oba), que acontece no Rio de Janeiro.

Antônio Cléber Rodrigues, 24 anos, é aluno do curso de eletrônica da Escola Técnica de Brasília. “Sou fanático. E a competição faz com que eu tenha mais interesse ainda”, comenta. 

Para o diretor da ETB, Jackes Ridan da Silva Guedes, a experiência é importante para a instituição de ensino. “Podemos mostrar que, mesmo sendo  escola pública, temos capacidade de fazer eventos que incentivem e despertem o interesse pela ciência e pela tecnologia”.