11/10/2019 às 17:11, atualizado em 11/10/2019 às 18:50

Equipes da Saúde seguem no combate à dengue

Distrito Federal registrou queda brusca no número de casos, mas população deve ficar atenta com a chegada das chuvas

Por Daniela Brito, da Agência Brasília

Agentes de saúde continuam visitando as casas e instruindo os moradores no combate à dengue. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Equipes da Subsecretaria de Vigilância à Saúde trabalham de forma intensiva no combate à dengue. Com a chegada da chuva, a proliferação do mosquito torna-se mais fácil. Para combater a situação os agentes de saúde estão visitando as casas e auxiliando os moradores a encontrar possíveis criadouros.

A Secretaria de Saúde registrou uma intensa queda no número de casos prováveis no Distrito Federal, a partir de junho passado. A queda indica uma redução de 99% nos casos de transmissão de dengue no período de junho a agosto. No período, foram notificados 47.745 casos de dengue, sendo 96,9% em residentes no Distrito Federal. Desses registros, 41.572 (87,1%) estão classificados como casos prováveis.

De acordo com a Vigilância Ambiental, a redução dos casos pode ser explicada pelo período da estação seca. “Nossas ações são realizadas durante todo o ano. No mês de outubro o trabalho é intensificado, pois as pessoas pensam que a dengue acabou. Com a volta da chuva a população tem que ficar mais atenta”, explica o biólogo Israel Martins Moreira.

A equipe da Agência Brasília acompanhou a ação de combate ao mosquito nesta sexta-feira (11), na Candangolândia. Os agentes de saúde têm como uma de suas funções visitar as casas e orientar os moradores sobre como evitar os criadouros. E colocar inseticida ou larvicida nos criadouros que não forem possíveis de remoção. Os fatores ambientais que oferecem risco à saúde também são monitorados. Por exemplo: escorpiões, cachorros, gatos, morcegos, pombos, aranhas e roedores, entre outros. Durante a visita eles ensinam os riscos à saúde que a falta de cuidados pode oferecer.

“Temos muitos problemas com algumas pessoas que não estão em suas residências ou não permitem a nossa entrada. Às vezes, a gente tem metade das residências fechadas. Isso dificulta muito o nosso trabalho”, lamenta o biólogo.

Larvas
De acordo com as visitas, os agentes contabilizam e coletam as larvas. O objetivo é descobrir onde há maior manifestação na região administrativa e, consequentemente, direcionar as atividades para o local. Cada agente é responsável por visitar 20 imóveis a cada dia.

O cidadão tem papel fundamental na luta contra o mosquito. Além das ações desenvolvidas pelo poder público, é essencial que cada um faça a sua parte. Moradora da Candangolândia, a dona de casa Maria de Fátima Ribeiro Carvalho conta que faz questão de cuidar da limpeza de sua residência com muito cuidado. “Eu fico atenta, pois tenho muito medo da dengue. Todo cantinho e buraquinho que eu vejo eu seco com o pano mesmo, para não dar nem chances do mosquito se criar”, ensina.

Também moradora da região, Mikaela Rodrigues da Silva, 28 anos, recebeu dicas de como manter a limpeza da casa sem acumular água. “Foi muito boa a presença do pessoal. Fui orientada sobre a melhor forma de cuidar das plantas e a lavar a minha caixa de água”, conta.

Dicas
Os locais escolhidos para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpos com escova e sabão; os recipientes para armazenamento de água deverão ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena ou tecidos de tramas fechadas, de forma a evitar o acesso do mosquito; e as caixas d’água devem passar por limpeza regular e estar bem fechadas.