18/11/2019 às 13:02, atualizado em 19/11/2019 às 09:12

Museu da República abre três exposições nesta terça-feira (19)

Mostras têm entrada franca e visitação aberta até janeiro de 2020, com classificação indicativa livre

Por Agência Brasília *

Obra de Rubem Valentim, um dos destaques | Foto: Divulgação

O Museu Nacional da República, instituição administrada pelo GDF, abrirá três exposições nesta terça-feira (19). Na mostra Simbólico sagrado, poderão ser vistas obras dos baianos Mestre Didi (1917–2013) e Rubem Valentim (1922-1991).

A exposição Pensar o jogo também exibe trabalhos de um artista da Bahia, Antonio Luiz Morais de Andrade, o Almandrade, na galeria Acervo. Já no mezanino, o cartaz é a mostra Doações 2019, que reúne obras cedidas por artistas ao museu durante este ano.

Os trabalhos

Curadora de Simbólico sagrado, Thaís Darzé, que selecionou 95 peças dos autores, fala sobre a mostra: “É um diálogo entre as obras de dois artistas negros, baianos, que tiveram o auge de suas produções durante as décadas de 1960 a 1980. Traduzem valores e posicionamentos muito semelhantes, ao defender e difundir cultura e legado dos povos africanos, pensando numa identidade genuinamente brasileira”.

Quem fala sobre os trabalhos de Almandrade, que também é arquiteto e mestre em desenho urbano, é o artista e semiólogo Décio Pignatari: “Ele capricha nas miniaturas de suas criaturas, cuja nudez implica mudez, límpido limpamento do olho artístico, já cansado da fantástica história da arte deste século interminável, deste milênio infinito”.

O trabalho desse baiano transita entre a geometria e o conceito, entre a forma e a palavra, entre o rigor espacial e a poesia. Seu trabalho, iniciado em meio ao vigor criativo que marcou o movimento artístico na década de 1970, representa, segundo a curadora, “a própria universalidade da arte, alternando-se entre a estética construtivista e a arte conceitual e experimental”.

Em Doações 2019, o público poderá visitar, rever ou conhecer trabalhos de artistas que passaram pelo Museu Nacional da República este ano e cederam peças que agora integram o acervo do equipamento. São obras de Yutaka Toyota, Sandra Mazzini, Ding Musa, Pedro Juan Gutiérrez, Gerson Fogaça, Lia do Rio, Nilce Eiko Hanashiro e Mila Petrillo, entre outros.

Funcionamento

A partir do dia 25 (segunda-feira), o Museu Nacional da República passará a abrir às segundas-feiras no período da tarde. Atualmente, o espaço não funciona nesse dia para a realização de manutenção. “A ideia de ter um equipamento aberto é hospitaleira, e garante que as pessoas que passam pela Esplanada diariamente possam conhecer o espaço, referência em arquitetura, e as próprias exposições”, explica Charles Cosac.

O diretor explica que o fechamento semanal é necessário para realização da manutenção do prédio e das próprias obras expostas. Segundo ele, foi feito um esforço para que todo o trabalho seja realizado em apenas um turno, garantindo a entrada do público de 14h às 18h30. “Isso também fará com que o público se sinta mais próximo e mais cúmplice do Museu, que tem um público cativo”, completa.

Exposições

  • Sagrado simbólico, com Mestre Didi e Rubem Valentim
    Curadoria: Thais Darzé.
  • Pensar o jogo – mostra individual de Almandrade.
    Curadoria: Karla Osório.
  • Doações 2019 – vários artistas. Curadoria: Charles Cosac
    O Museu da República fica no Conjunto Cultural da República, próximo à Rodoviária de Brasília, no Eixo Monumental. A entrada é gratuita. Classificação indicativa livre. As três exposições abrem na terça-feira (19), às 18h30. Visitação: até 19 de janeiro de 2020.

* Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)