19/11/2019 às 10:02, atualizado em 19/11/2019 às 18:25

Região Saúde Norte inaugura salas de acolhimento

Recurso beneficia diretamente a comunidade atendida por unidades básicas de saúde em Planaltina e Sobradinho

Por Agência Brasília *

O sistema permite maior acesso aos serviços de saúde | Foto: Breno Esaki / SES

O esforço para melhorar o atendimento na Atenção Primária continua no Distrito Federal. Agora, salas de acolhimento foram abertas em nove unidades básicas de saúde (UBS) da Região de Saúde Norte, que abrange Planaltina e Sobradinho. Enfermeiras e técnicas de enfermagem atendem das 7h às 18h  às demandas espontâneas e emergenciais da população.

O objetivo é organizar o fluxo de pacientes e garantir a escuta qualificada, o acolhimento humanizado, um melhor acesso aos serviços de saúde e mais capacidade de resolver ou finalizar um processo, simplificando e agilizando procedimentos.

“Alguns pacientes nos procuram mais para ter informações e agendar consultas”, informa a enfermeira Vanielle Cruz, da UBS 2 de Planaltina. “Tentamos resolver logo, por aqui, as queixas mais agudas, recomendando exames e medindo a pressão, para melhorar o atendimento das demandas. Ficou mais ágil para os pacientes.”

Atendimento

Leide Maria de Jesus, 37 anos, procurou pelos serviços da unidade. Além de aferir a pressão arterial, ela buscava informações sobre um problema na tireoide, apresentando o resultado dos seus exames na sala de acolhimento. “Achei o atendimento ótimo”, elogia. “Gostei do espaço da sala e não esperei muito para ser atendida”.

O gerente da UBS 2 de Planaltina, Daniel Burieque, explica que a sala de acolhimento foi organizada para ficar logo na entrada da unidade, facilitando o acesso. “O propósito é acolher as demandas espontâneas, fazendo a classificação de risco para saber a prioridade clínica do paciente”, relata. “Se tiver uma necessidade imediata, a pessoa é direcionada para uma avaliação médica”.

Vínculos fortalecidos

Também há uma escala de agentes comunitários de saúde (ACS) na entrada da UBS, para auxiliar os pacientes na identificação do local e conduzi-los, caso preciso, até a sala. “Com esses profissionais, os usuários são direcionados diretamente à equipe de acolhimento. Isso também fortalece o vínculo deles com os pacientes”, avalia o gerente.

Em Planaltina, compõem a lista de unidades com sala de acolhimento as UBS 2, 4, 5 e 20. Em Sobradinho I, as UBS 1, 2 e 3 também contam com esse recurso, e, em Sobradinho II, as UBS 1 e 2. “Todas [as UBS] já estão com as salas de acolhimento funcionando e elaborando seus processos de Trabalho por Período Determinado (TPD) para garantir recursos humanos nos atendimentos”, destaca a diretora de Atenção Primária da Região de Saúde Norte, Renata Marcês.

Sol Nascente

 Foi na UBS 16, do Sol Nascente, que o projeto-piloto da Secretaria de Saúde (SES) para melhorar o fluxo de atendimentos na Atenção Primária começou a funcionar, em 18 de junho deste ano. À época, em pouco mais de um mês, foram atendidos 840 pacientes nas salas.

[Numeralha titulo_grande=”840″ texto=”Número de pacientes atendidos em pouco mais de um mês na UBS 16, do Sol Nascente” esquerda_direita_centro=”direita”]

Com o primeiro atendimento oferecido por enfermeiros e técnicos de enfermagem na sala de acolhimento, foi possível desafogar a porta de entrada da UBS e reduzir as demandas que vão para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia. Os profissionais conseguiram resolver, na própria sala, 85% dos casos, a maioria registrando dores de cabeça e febre.

 

* Com informações da SES