13/12/2019 às 17:50, atualizado em 13/12/2019 às 18:48

Lazer na região central da capital do país a partir de 2022 já é realidade

Escritório de arquitetura brasiliense vence concurso para construir complexo esportivo na área do Estádio Nacional Mané Garrincha

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília

O Complexo Esportivo e de Lazer de Brasília, que será construído entre o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Parque Aquático Cláudio Coutinho e o Ginásio de Esportes Nilson Nelson, terá um aquário, um cinema, uma área de lazer para cães, pistas para caminhada e corrida, quadras de esporte, campos de futebol, lojas, bares e restaurantes.

Tudo será integrado por uma plataforma elevada, por onde as pessoas poderão caminhar, que terminará em uma espécie de mirante com vista para o Lago Paranoá.

É o que prevê o projeto vencedor do Concurso Nacional de Arquitetura e Paisagismo para Requalificação do espaço, realizado pelo consórcio Arena BSB em parceria com arquitetos e urbanistas do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Entre 46 projetos de profissionais do mundo inteiro inscritos, venceu a equipe brasiliense comandada por Éder Rodrigues de Alencar, da ARQBR Arquitetura e Urbanismo sediada em Brasília. “Tivemos propostas da Europa, da América do Norte e de vários estados do Brasil e Brasília teve a competência de ganhar o maior concurso da história, com um prêmio de R$ 5,2 milhões”, afirma o presidente da Arena BSB, Richard Dubois.

Agora, o consórcio Arena BSB vai assinar contrato com o escritório de arquitetura, que vai fazer o projeto executivo que permita o início da edificação. Dubois acredita que em março ou abril do ano que vem será possível pedir o licenciamento das obras ao GDF para começar a construção do empreendimento em julho de 2020. A previsão é que a primeira etapa do complexo seja inaugurada em 2022.

O consórcio Arena BSB vai investir cerca de R$ 255 milhões nas obras civis e outros R$ 55 milhões no projeto de paisagismo do complexo. Os ocupantes do espaço deverão investir mais R$ 250 a R$ 300 milhões em obras internas em cada loja ou restaurante, por exemplo. “O que queremos é transformar aquele setor e promover sua integração ao dia a dia da cidade”, diz o executivo.

“A área onde o boulevard será construído é pouco utilizada e esse projeto dará vida ao centro da capital do país, de segunda a segunda, permitindo à população desfrutar das mais diversas atividades de entretenimento e cultura, com segurança e boa infraestrutura”, afirma o diretor de Novos Negócios da a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Sérgio Nogueira. Segundo ele, com a edificação do Complexo Esportivo, Brasília será inserida no circuito nacional e internacional de grandes eventos e competições esportivas, proporcionando a geração de empregos e mais qualidade de vida ao brasiliense.

Concessão

Em julho passado, a Terracap e a empresa Arena BSB assinaram contrato de concessão que permite a exploração dos equipamentos públicos por 35 anos. Segundo o contrato, a gestão dos equipamentos seria conjunta por 180 dias e, a partir de 27 de janeiro, a iniciativa privada assume a operação. A Arena BSB vai arcar com todas despesas do complexo, o que vai gerar uma economia entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão por mês ao GDF.

Além disso, a partir do 6º ano da concessão, o GDF vai receber R$ 5 milhões de outorga pelo uso do espaço, além de 5% mensais sobre o faturamento bruto anual do complexo quando ele for maior que R$ 85 milhões por ano, cerca de R$ 8 milhões a cada mês. “O modelo de negócio do Centro Esportivo de Brasília trará um enorme benefício para a cidade, uma vez que parcerias com a iniciativa privada permitem uma gestão mais eficiente dos equipamentos públicos” enfatiza Sérgio Nogueira.

“O potencial de arrecadação durante os 35 anos de concessão entra na casa dos bilhões, além da geração de milhares de empregos e renda para a população”, completa o diretor da Terracap.