27/12/2019 às 13:42, atualizado em 07/01/2020 às 10:45

Ação focada na valorização da área rural

Em 2019, a Emater-DF reforçou seu perfil de incentivadora da qualificação dos trabalhadores do campo, com ajuda da tecnologia, e chegou a 150 mil atendimentos

Por Agência Brasília*

Denise Fonseca, presidente da Emater:  “Nós t temos uma cultura característica da capital que se destaca pela sustentabilidade” | Foto: Renato Alves / Agência Brasília| Foto: Renato Alves / Agência Brasília

 

Este ano, a Emater investiu na capacitação dos trabalhadores do campo, com orientações em diversas áreas visando ao emprego e incremento das atividades. O resultado foi um aumento no número de atendimentos de 35% em relação ao ano passado, com a marca de 150 mil. Foram 11,4 mil produtores atendidos em todo o DF.

Por meio de convênio da Anater, que vai até abril de 2020, a Emater-DF tem prestado serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) a 500 famílias do grupo da agricultura familiar do DF. Só neste ano, foram 500 diagnósticos, 500 projetos produtivos, 2,5 mil visitas técnicas e 42 eventos coletivos de formação, demandando recursos de pouco mais de R$ 540 mil.

A empresa também auxiliou produtores em projetos de crédito rural nas diversas linhas do setor, o que resultou em um montante de quase R$ 6 milhões liberados. Nas linhas de crédito do Prospera e do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), foram 225 projetos – 213 do Prospera, num total de R$ 4.585.521,77, e 12 do FDR, totalizando R$ 1.216.264,61.

Pelo convênio MaisAter, do Ministério da Agricultura, foram feitos cadastramentos, diagnósticos produtivos e sociais e planos de ações em 790 propriedades; 3.160 visitas de assessoria técnica; 30 eventos técnicos de formação coletiva para produtores e trabalhadores rurais e cinco intercâmbios técnicos para extensionistas e produtores.

Melhorias para o trabalho rural

Uma obra havia anos aguardada foi a recuperação de oito canais de irrigação, totalizando 27,3 km de tubulações instalados para atender 288 propriedades rurais em Santos Dumont, Tabatinga, Buriti Vermelho, Rodeador, Capão Comprido I e II, Lamarão e Granja do Ipê. Na aquisição dos materiais, foram investidos recursos de R$ 1,462 milhão. Além de evitar a perda de cerca de 50% do volume de água, que corria nos antigos canais a céu aberto, a nova tubulação possibilita a distribuição de forma igualitária a todos os produtores.

[Numeralha titulo_grande=”11,4 mil” texto=”produtores rurais foram atendidos pela Emater-DF, em 2019″ esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A Emater-DF está levantando demandas, identificando edificações que podem receber as creches e buscando parcerias para execução das obras. A gestão de cada unidade ficará a cargo da Secretaria de Educação (SEE).  Serão inauguradas creches nos núcleos rurais Jardim II, na região do Paranoá, em Pipiripau e em São José.

O lançamento de um aplicativo para auxiliar o produtor com a rastreabilidade da produção, banco de empregos voltado para o setor agropecuário, qualificação para os trabalhadores do campo e a primeira creche rural, que vai atender crianças de zero a 3 anos, são algumas das ações que a Emater levou adiante em 2019, ano em que foram atendidos 11,4 mil produtores em todo o DF. Em parceria com a Secretaria do Trabalho, a empresa atua para qualificar 120 trabalhadores. A proposta está na fase final de planejamento, e a execução começa em 2020.

Emater em grandes eventos

Para apresentar inovações tecnológicas e de baixo custo aos produtores, a Emater-DF investiu R$ 346 mil no Espaço da Agricultura Familiar, na AgroBrasília. Os recursos investidos vieram de fonte da própria Emater-DF, recursos da Anater e emendas parlamentares.

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A empresa também promoveu encontros, como o Circuito Rajadinha, a Feira da Colônia e o Colha & Pague de Morangos. No Circuito Rajadinha foram expostos os produtos dos agricultores de 11 propriedades. Já na Feira da Colônia, sediada por uma das chácaras do Circuito Rajadinha, houve palestras e conteúdos voltados à produção agrícola, oferecidos por 29 expositores, com faturamento de R$ 23.578. O Colha & Pague, em Brazlândia, foi um Dia de Campo para o público urbano, onde mais de 150 visitantes colheram e conheceram uma propriedade com produção de morangos.

Tecnologia a serviço do campo

Este ano, a Emater-DF lançou, no aplicativo DFRural, os serviços Cartão do Produtor Rural Digital, Caderneta de Campo, Preços da Ceasa-DF e Banco de Emprego Rural. A ação foi feita em parceria com a Ceasa e a Secretaria de Agricultura (Seagri) para desenvolvimento de um canal de atendimento ao produtor rural em dispositivos móveis, a fim de oferecer serviços e informações do Sistema Público de Agricultura. O sistema vai agilizar e simplificar o atendimento de mais de 20 mil produtores rurais do Distrito Federal.

[Olho texto=”Temos que valorizar nossas trabalhadoras e trabalhadores rurais. É de lá, do campo, que sai nosso alimento.” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”]

Houve ainda investimento na instalação de wi-fi nos escritórios da Emater-DF localizados nas regiões das comunidades rurais do Pipiripau, Alexandre Gusmão, PAD-DF, Jardim, Tabatinga, Taquara e Rio Preto.

O Centro de Capacitação Tecnológica e Desenvolvimento Rural (Centrer) da Emater-DF desenvolveu 70 capacitações – cursos, oficinas e palestras –, totalizando um público de 1.159 agricultores da área rural e urbana do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (Ride). Foram investidos R$ 400 mil na implantação do Centro de Excelência em Agroqualidade e Aproveitamento Integral dos Alimentos, em parceria com a Ceasa-DF.

Para o apoio à inserção socioprodutiva dos agricultores familiares do DF, foram adquiridos, ao custo de R$ 507,2 mil, um caminhão e uma van. A empresa também adquiriu dez picapes e três furgões, a R$ 784,6 mil. Pelo menos quatro mil produtores já foram beneficiados.

Palavra da presidente

“Nós temos uma agricultura característica da capital que se destaca pela sustentabilidade”, lembra Denise Fonseca, a primeira mulher a presidir a empresa. “Nossa área rural é destaque no cultivo de hortaliças, frutas, flores e na criação de aves e suínos. Temos que valorizar nossas trabalhadoras e trabalhadores rurais. É de lá, do campo, que sai nosso alimento. Lá tem gente que batalha e precisa de políticas públicas e valorização para crescer e se desenvolver.”