21/01/2020 às 12:18, atualizado em 21/01/2020 às 13:50

Rodoviária já está aparelhada para fazer diagnósticos

Carreta, que está no Plano Piloto até sexta-feira (24), vai percorrer 13 regiões administrativas

Por Agência Brasília *

Até sexta-feira (24), o Consultório Itinerante para prevenção da hanseníase estará atendendo na Rodoviária do Plano Piloto, sempre das 8h às 17h. A carreta da Secretaria de Saúde do Distrito Federal percorrerá 13 regiões administrativas da capital até o dia 10 de março. A iniciativa faz parte da Campanha de Enfrentamento da Hanseníase no DF, que visa aproximar a população das práticas de promoção da saúde para prevenção e diagnóstico precoce da doença.

“A ação tem o objetivo de alertar a população para o problema. Por não ter sintomas dolorosos, alguns não dão a devida importância à doença. Profissionais e pacientes precisam ficar mais atentos aos sinais da hanseníase, que pode ser incapacitante se não for tratada”, destaca a responsável técnica distrital de Dermatologia, Ana Carolina Igreja.

O Consultório Itinerante dispõe de médicos e demais profissionais da Atenção Primária e de especialistas da Universidade de Brasília (UnB). “Esta iniciativa é muito boa, pois tem pessoas com o problema, mas não procuram se informar. A carreta facilita e já é um incentivo. Se a pessoa procura atendimento no início, a situação não se agrava”, ressalta a aposentada Maria do Carmo, 72 anos.

Na Rodoviária do Plano Piloto é possível tirar dúvidas, receber material explicativo sobre os sintomas e sinais da doença, fazer consultas e exames para o diagnóstico da hanseníase.

“Achei muito bom. Estava de passagem e não esperava ser atendida. Aproveitei para esclarecer dúvidas e preocupações. Vou orientar meus conhecidos e vizinhos para procurar a carreta”, pontua a dona de casa Maria de Lourdes Gomes, 66 anos.

Sintomas

 A hanseníase é causada por uma bactéria e se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormências e diminuição da força nas mãos e nos pés. O paciente em tratamento ou que já recebeu alta não transmite mais a doença.

As pessoas sem tratamento expelem os bacilos resistente Mycobacterium leprae através das secreções nasais, gotículas de saliva, tosse e espirro.

“A doença é silenciosa e alguns pacientes só procuram atendimento quando ela já está avançada. O diagnóstico e o tratamento são de fundamental importância. O paciente em tratamento ou que já recebeu alta não transmite mais a doença”, esclarece a dermatologista e gerente da Regulação da Região de Saúde Central, Anna Victoria Sá.

O tratamento é gratuito e oferecido nas unidades básicas de saúde. Em caso de suspeita ou sinais da hanseníase, deve-se procurar o Consultório Itinerante ou a UBS mais próxima da residência. A carreta vai atender em todas as regiões de saúde.

* Com informações da Secretaria de Saúde