27/01/2020 às 19:13, atualizado em 27/01/2020 às 19:53

Pdaf garante reforma na Escola Parque de Ceilândia

Verba viabiliza troca de rede de esgoto e do piso da cozinha e do refeitório por onde passam cerca de 1,8 mil alunos diariamente

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília

Obras foram viabilizadas pelos R$ 523,3 mil provenientes do Pdaf 2019 | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

O mau cheiro provocado por problemas na tubulação de esgoto na cozinha da Escola Parque Anísio Teixeira, em Ceilândia, não fará parte do novo ano letivo dos mais de 1,8 mil alunos da unidade. A reforma na estrutura e nos pisos da cantina e do refeitório é uma das providências viabilizados pelos R$ 523.319,00 provenientes do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf). Em 2019, mais de R$ 70 milhões foram repassados ao DF com esta rubrica.

Trata-se da única escola parque fora do Plano Piloto. A preparação para receber em melhores condições os estudantes começou em 2 de janeiro, quando as carteiras deram lugar a tinta e cimento exatamente um mês antes do início das aulas. Ali, a pintura é renovada, pisos são reparados, quadras externas são reformadas. “São obras necessárias e possíveis pela verba que chegou no fim do ano”, afirma a diretora da escola, Neide Rodrigues.

[Olho texto=”“A gente quer que o aluno chegue e encontre nem que seja uma pintura nova na parede. É uma forma de passar carinho”” assinatura=”Neide Rodrigues, diretora da Escola Parque” esquerda_direita_centro=”direita”]

Os pisos da cozinha, da cantina e do refeitório são reconstruídos depois de troca de toda tubulação de esgoto, que, pelo tempo de uso, estava entupido. “No meio do ano passado tivemos um problema seríssimo com o esgoto, que estava voltando pelos encanamentos antigos. Passamos uma semana com mau cheiro horrível dentro da cozinha”, lembra a diretora.

Ela conta que o dinheiro da primeira parcela do Pdaf de 2019 viabilizou a reforma de parte do auditório e a pintura do ginásio, além da troca de redes de quadras esportivas e de vasos sanitários. Aos poucos, diz Neide, reparos e ajustes são feitos na unidade com estrutura boa, mas antiga. A expectativa é sempre iniciar um período letivo com mudanças.

Neide Rodrigues: “Trabalhamos na questão do cidadão, não atribuindo as responsabilidades só ao Estado” | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

“A gente quer que o aluno chegue e encontre nem que seja uma pintura nova na parede. Para ele se sentir acolhido, perceber que se preocupou com ele durante as férias. É uma forma de passar carinho”, defende Neide Rodrigues. “Trabalhamos na questão do cidadão, não atribuindo as responsabilidades só ao Estado, mas para preservar de forma que seja possível ampliar as possibilidades”, emenda.

Fora do Plano

No coração da cidade mais populosa do Distrito Federal, a Escola Parque Anísio Teixeira é a única do modelo fora do Plano Piloto. Ali, cerca de 1,8 mil crianças e adolescentes, de 10 a 18 anos, passam o contraturno escolar participando de até três atividades de uma cartela com mais de 20 modalidades oferecidas, entre esportes, música, teatro e artes.

Aluna do 1º ano do Ensino Médio, Bianca Torres pratica dança, boxe e guitarra. “É um  lugar em que você se acha. Faz muitos amigos, os professores são inspiradores. É um privilégio e ao mesmo tempo uma conquista porque ter um espaço desse na Ceilândia, de graça. é maravilhoso”, opina a adolescente de 15 anos. “A estrutura estava deteriorada, mas está mudando. O lugar é todo bem antigo e, agora, passa por certa modernização”, acrescenta.

Bianca Torres: “A estrutura estava deteriorada, mas está mudando” | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

No do 3º ano do Ensino Médio, Sabrina Lima Silva, 16, faz dança, fitness e vôlei. Esta última atividade, garante, tornou-se “um grande amor” e, exatamente por isso, espera seguir a vida como atleta. Na unidade desde 2016, ela diz que realmente era necessária a manutenção nas quadras externas, que agora passam por manutenção.

Inscrições abertas

As inscrições para a Escola Parque Anísio Teixeira estão abertas até o dia 1º de fevereiro, com 800 vagas. Para participar das oficinas oferecidas pela Escola Parque Anísio Teixeira, é preciso cursar do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio em escolas públicas de Ceilândia ou de Taguatinga.

As aulas são realizadas nos contraturnos escolares, das 7h30 às 11h30 ou das 13h30 às 17h30. Os estudantes contam também com alimentação e transporte, além de terem vestiários a disposição e almoço servido diariamente para quem finaliza ou inicia as atividades.

A matrícula deve ser feita, presencialmente, das 8h às 16h. Para a inscrição é necessário apresentar: declaração escolar original, RG e CPF do responsável e do estudante e duas fotos 3X4 do aluno. O endereço da escola é QNM 27, módulo B, área especial, Ceilândia Sul.

A Anísio Teixeira é a única escola parque fora do Plano Piloto | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

PDAF

O Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária disponibiliza recursos financeiros em caráter complementar e suplementar diretamente às unidades escolares e coordenações regionais de ensino da rede pública de ensino do Distrito Federal. O intuito é promover a autonomia das escolas, contribuindo com a melhoria da qualidade de ensino e o fortalecimento da gestão democrática.

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Segundo a Secretaria de Educação, em 2019, o valor total do Pdaf liberado para as Unidades Executoras no primeiro semestre foi de R$ 48,4 milhões (R$ 48.485.410). Para o segundo semestre, o repasse foi de R$ 25 milhões. No primeiro semestre de 2019 também foram destinados R$ 550 mil do Pdaf para a realização dos Jogos Escolares do DF.