28/01/2020 às 14:21, atualizado em 28/01/2020 às 17:58

‘Açúcar’: longa-metragem brasileiro estreia no Cine Brasília

Cine Debate abre programação de 2020 com sessão especial do filme brasiliense ‘Ainda temos a imensidão da noite’. E ‘Parasita’ tem exibição prorrogada

Por Agência Brasília*

Na última semana de janeiro, o Cine Brasília apresenta a estreia do longa-metragem recifense Açúcar. O aclamado Parasita e o documentário Adoniran, meu nome é João Rubinato permanecem na programação que recebe, ainda, sessão especial do título que concorreu no 52º Festival de Cinema de Brasília, Ainda temos a imensidão da noite, dentro do projeto Cine Debate.

Na programação que começa nesta quinta-feira (30) e vai até o dia 5, o Cine Brasília volta ao seu expediente ordinário, com sessões nos horários regulares: 16h, 18h e 20h30. O lançamento de Açúcar promete manter as sessões do Cine Brasília lotadas, engrossando o público de 9.322 pessoas que passaram pela sala em janeiro.

A produção nacional dirigida por Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira se passa em um antigo engenho de açúcar em Pernambuco, o Engenho Wanderley, e conta a história de Bethânia – interpretada pela brasiliense Maeve Jinkings –, que mesmo sem gostar do cenário rural volta ao lugar onde nasceu para impedir que antigos trabalhadores do canavial tomem conta das terras de sua família.

De acordo com os diretores, a trama propõe a discussão acerca da identidade racial no Brasil. Para Renata Pinheiro, o drama é ambientado em universo de realismo mágico, que conecta a história da personagem com a formação da identidade de um país que é, ao mesmo tempo, moderno e arcaico, contemporâneo e ancestral, branco e muito mais negro. “A motivação para o filme veio da ‘urgência em tocar uma ferida’ não cicatrizada da história do Brasil”, conta.

Sucesso de público e de crítica, o coreano Parasita fica em cartaz pela terceira semana, exibido na sessão das 18h. Foto: Divulgação

Sucesso de público e de crítica, o coreano Parasita fica em cartaz pela terceira semana. Exibido na sessão das 18h, o filme estrangeiro recebeu prêmios mundiais, como Globo de Ouro 2020 na categoria Melhor Filme de Língua Estrangeira e o prêmio máximo do Festival de Cannes, a Palma de Ouro.

Lançado na semana passada, o título nacional Adoniran, meu nome é João Rubinato permanece em exibição em horário vespertino. O documentário vencedor do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro por melhor montagem e melhor trilha sonora, conta a história músico Adoniran Barbosa (1910-1982), personalidade que carrega o título de maior sambista de todos os tempos. Adotando a cidade que o consagrou como cenário coadjuvante, o filme traça um paralelo sobre a evolução e crescimento da cidade de São Paulo.

Cine Debate

Nesta sexta-feira (31), o Cine Brasília traz sessão especial seguida de debate com elenco e direção do longa-metragem Ainda temos a imensidão da noite. A atração especial para os cinéfilos é uma produção brasiliense, que participou da 52ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na Mostra Brasília.

A produção conta a história da Karen, uma trompetista e cantora de banda de rock de Brasília que tenta a sorte na Alemanha seguindo os passos do colega de banda Artur. O convite parte de Martin, amigo alemão, formando um triângulo imprevisível.

O diretor brasiliense Gustavo Galvão, fala que a trama busca a alma de Brasília, que ficou conhecida como “a capital do rock”, no final dos anos 1980. “Quero mostrar toda essa história de uma musicista brasiliense e as dificuldades enfrentadas dentro da sua cidade”, conta.

Segundo o gerente do Cine Brasília, Rodrigo Torres, uma das principais características do Cine Brasília é o lançamento e a valorização de obras nacionais. “O cine é o local ideal para isso”, completa.

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