30/01/2020 às 15:21, atualizado em 30/01/2020 às 16:51

Por ter microchip, cobra que estava desaparecida foi identificada

Serpente, da espécie píton-indiana, foi encontrada perto da mata, na área de manutenção do parque

Por Agência Brasília *

Eli foi localizada porque, a exemplo dos demais animais do zoo, possui um chip implantado no corpo | Foto: Ivan Mattos / Zoológico de Brasília

Após enfrentar as dificuldades de um mundo diferente do local em que vive, um exemplar de píton-indiana que escapou do Zoológico de Brasília está de volta. Eli, como a cobra é carinhosamente chamada pela equipe, foi encontrada na manhã de quarta-feira (29) nas proximidades do zoo, entre a área de manutenção e a mata.

Era um dia normal para os funcionários da casa, até que um bombeiro hidráulico notou a presença de uma serpente perto da sua sala de trabalho. Rapidamente, a diretoria de répteis foi até o local e identificou que o exemplar era da espécie píton-indiana. Como todos os animais do zoo são microchipados, a equipe fez a leitura do chip e confirmou que se tratava de Eli – até então, desaparecida.

Acostumada ao cativeiro

A partir de uma das características do animal – a de sentir odores a longa distância –, a suspeita é que Eli tenha farejado a alimentação das outras pítons e, então, seguiu em direção à área interna do Zoológico. De acordo com o diretor de répteis, Carlos Eduardo Nóbrega, Eli não pode voltar para a natureza porque sua criação sempre foi em cativeiro.

“Por ela ter nascido e crescido em cativeiro sua vida toda, teria uma dificuldade muito grande em vida livre, podendo até reconhecer ambientes urbanos como seu meio natural”, explica. “Outro fator que também impede sua soltura é que o animal é exótico, não pertencendo à fauna brasileira.”

Aparentemente, Eli está bem. Mas, como passou um período em vida livre, é necessário ficar em quarentena para passar por alguns exames. Se estiver tudo certo, em breve Eli voltará ao seu recinto no serpentário. Além de Eli, o Zoológico tem mais outros dois indivíduos da mesma espécie, Cabral e Celeste.

 

* Com informações da Assessoria do Zoológico de Brasília