01/02/2020 às 18:05, atualizado em 01/02/2020 às 18:17

Ceilândia ganha reforço dos bombeiros no combate à dengue

Vice-governador pede apoio da população e quer trabalho nas escolas para educar crianças e conscientizar famílias quanto aos perigos da doença

Por Lívio di Araújo, da Agência Brasília

Paco: “Faixa de pedestres deu certo assim, com educação. Guerra contra dengue também dará certo” | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Um verdadeiro mutirão tomará conta das ruas de Ceilândia a partir deste sábado (1º/2) para o combate à dengue na cidade. A solenidade de lançamento da campanha Dia D de Enfrentamento à Dengue transcorreu nesta manhã e contou com a presença do vice-governador do DF, Paco Britto. A ideia é trabalhar em duas frentes: combate direto ao mosquito Aedes aegypti e conscientização da população.

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A campanha conta com a ajuda do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF). “Missão dada é missão cumprida”, afirmou o tenente-coronel Vieira, que comandou os cerca de 700 militares durante a apresentação do evento. Para o vice-governador, a participação dos bombeiros no enfrentamento à doença em Ceilândia chega em momento oportuno. “Temos que vencer esta guerra e, com a união dos bombeiros aos agentes ambientais e sanitários, tenho certeza de que vamos conseguir”, frisou.

De acordo com o chefe de gabinete da Administração Regional de Ceilândia, Cléber Monteiro, que representou o administrador Marcelo Piauí durante a solenidade, o ano começou com muito trabalho no combate à doença na cidade, com o projeto de retirar o lixo de toda a região. A partir de agora, seis pontos para descarte de entulho e inservíveis estão espalhados em Ceilândia e a coleta será constante.

“Conversamos com os carroceiros, empresários e moradores para chegarmos aos melhores pontos para instalarmos essas caixas coletoras. Trazer toda a comunidade para agir junto conosco é o mais importante neste momento”, explicou Monteiro.

Batalhão foi apresentado às autoridades e, tão logo acabou a solenidade, foi às ruas contra a dengue | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

E todo o trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya está focado na conscientização da comunidade local, cuja ajuda é indispensável. “Combater a dengue é um trabalho constante. Passamos momentos difíceis, mas agora temos os meios e os caminhos para combater o mosquito vetor, e podemos nos antecipar. Mas este trabalho deve ser feito em conjunto”, disse o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.

Ele lembrou que a secretaria comprou um inseticida muito potente contra o Aedes aegypti. Mesmo assim, o secretário fez um apelo para que as pessoas deixem os agentes de saúde e bombeiros entrarem nas residências para detectar se existem focos do mosquito, de modo a evitar a proliferação do transmissor da dengue.

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Educação infantil

O vice-governador reforçou o apelo à população no combate à doença e apontou a escola como um grande canal de conscientização da sociedade. “A educação é importante e, mostrando nas escolas como podemos evitar e combater a dengue, estaremos formando crianças multiplicadoras dessas informações, que serão levadas para dentro de suas casas”, acrescentou Paco Britto. “A faixa de pedestres deu certo assim, com educação. A guerra contra a dengue também dará certo.”

Segundo a Secretaria de Saúde, 92% dos focos do mosquito da dengue são encontrados em residências | Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde

Enquanto o trabalho nas escolas não começa, as equipes da saúde e o bombeiros saíram da solenidade, na praça da administração de Ceilândia, direto para as ruas. Durante todo o dia estão em curso vistorias nas casas da região e trabalho de conscientização dos moradores, com o objetivo de evitar casas com criadouros de larvas do mosquito. “As pessoas respeitam bastante os bombeiros e o reforço chega em boa hora”, apontou o tenente-coronel Vieira.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF, 92% dos focos do mosquito da dengue são encontrados dentro de residências. Em janeiro deste ano, já são mais de 1,2 mil casos de dengue no Distrito Federal, com uma morte. Em 2019, somente em Ceilândia, são 4.163 os casos da doença – 44 mil em todo o DF. Na cidade, as unidades de saúde números 1, 3, 7, 11, 12, 16 e 17 trabalham para atender à população, assim como o Hospital Regional de Ceilândia (HRC).