01/02/2020 às 12:16, atualizado em 03/02/2020 às 14:30

Combate à ação de sujões é intensificado no Taguaparque

Uma das providências será a construção de dois campos de areia, em área cercada com pneus, na parte norte do parque

Por Ary Filgueira, da Agência Brasília

Carroceiros insistem em fazer despejos criminosos de entulho no parque  | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Taguatinga ganhou o status de cidade em 1970 por meio de um decreto do então governador Hélio Prates da Silveira, que até hoje empresta o nome para umas das vias principais. Diante do contexto um comércio promissor, naquela época a metrópoles brasiliense carecia de um lugar que quebrasse o aspecto cinzento e agitado do centro. Mas esse espaço surgiria somente 39 anos depois e se chamaria Taguaparque. Acontece que alguns carroceiros parecem ignorar esse fato e, também por isso, poluem a área de lazer e esporte descarregando toda sorte de entulho.

A Administração Regional de Taguatinga tem jogado duro contra esses sujões. Para combater a prática ilegal, várias ações têm sido realizadas na reserva ecológica. Uma delas será a construção de dois campos de areia na parte norte do parque, que havia ganhado até o apelido de “Lixão” devido às montanhas de entulho que se formavam a cada investida dos carroceiros.

[Olho texto=”“Vamos plantar ainda 200 mudas de ipês, pequi, mangueira, para que não haja espaço para se jogar lixo mais”” assinatura=”Geraldo Cézar, administrador de Taguatinga” esquerda_direita_centro=”direita”]

Com o apoio do GDF Presente – ação composta por diversos órgãos, como Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e Companhia Energética de Brasília (CEB), com atuação em várias cidades –, a administração executou ações na área de 10 mil metros quadrados. Primeiro, tirou todo o lixo e o transportou em caminhões para a Unidade de Recebimento de Entulho (URE) da Estrutural.

Área cercada com pneus impede a entrada de carroças e outros tipo de condução | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Depois, cercou o perímetro com pneus. A CEB vai iluminar o lugar para que a população faça o udo devido e definitivo da área, como deve ser. “Vamos plantar ainda 200 mudas de ipês, pequi, mangueira, para que não haja espaço para se jogar lixo mais”, prometeu o administrador de Taguatinga, Geraldo Cézar.

Caça aos sujões

Ações como a que desembarcou no Taguaparque são postas em execução há mais de um ano em Taguatinga. Nesse período foram eliminados 14 focos de entulho na cidade. Foi preciso o mesmo aparato do GDF Presente para acabar com a sujeira.

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A ação percorreu a Boca da Mata, em Taguatinga Sul; a QNM 34, 36 e 38, perto da estação de Furnas, no Setor de Oficinas Sul; e na QNH, onde a força-tarefa erradicou três lixões, à margem da BR-070, perto do setor M Norte. Lá, havia dois focos de montante de entulho. A ação também passou pela QNL 18/20, além do próprio Taguaparque.

O resultado tem surtido efeito. Por exemplo o Setor de Oficinas Norte, que também passou pela limpeza, está há um ano longe da ação criminosas dos sujões. Ali, os servidores da administração chegaram a recolher 11 toneladas de lixo de uma vez.

Hoje, o lugar tem dois campos de futebol, iluminação pública e ciclovia. Além disso, está cercado com pneus, a exemplo do que foi feito no Taguaparque.

O gerente de Manutenção da Administração Regional de Taguatinga, Adilson Teixeira, lembra da sujeira que tomava o lugar e do trabalho que teve para deixá-lo limpo. “Chegamos a fazer 35 viagens por semana com o caminhão carregado de toneladas de lixo. Estamos há um ano sem chamado para lá. A área está limpinha”, destaca Adilson, que agora tenta repetir o feito no Taguaparque.