09/02/2020 às 12:02, atualizado em 09/02/2020 às 13:52

Região central tem 40 escolas reformadas

Neste ano, R$ 1 milhão foi investido para reparos e melhorias em unidades vinculada à regional do Plano Piloto. Parte das obras contou com repasses de emendas parlamentares

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília 

As escolas públicas da capital seguem sendo preparadas para melhor receber os estudantes no ano letivo que começa nesta segunda-feira (10). Na região central, 40 escolas vinculadas à Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto começaram a passar por reparos. Foram R$ 1,07 milhão investidos em compras e serviços executados em janeiro. 

A Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Plano Piloto abrange escolas das Asas Norte e Sul, Lagos Norte e Sul, Cruzeiro, Octogonal, Setor Militar Urbano, Jardim Botânico, Varjão, Granja do Torto e Vila Planalto. A maioria das obras é executada a partir de repasses de emendas parlamentares. Elas tiveram início em janeiro e, nas contas da gestão, estão 90% executadas. 

Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

“Temos colégios bem cuidados, mas sem manutenção profunda há muito tempo. Várias têm rachaduras, infiltrações, problemas por terem a estrutura antiga, construídas na época da inauguração de Brasília”, diz o coordenador, Álvaro Matos. De acordo com ele, a parceria com as administrações regionais permite manutenção constante. 

Este ano, a Escola Classe 8 do Cruzeiro passa a ter ensino integral no próprio colégio, e os alunos não terão que se deslocar até uma Escola Parque na Asa Sul. Matos explica que a mudança levou a Secretaria de Educação a se empenhar para melhorar o atendimento aos 350 estudantes que passarão todo o dia na unidade.  

Com verba da pasta, toda a parte elétrica foi trocada – e o forro, substituído. “Essa obra era fundamental. Como a escola é muito antiga, há problemas. O telhado metálico causa muito calor. Só a mudança já melhora o aspecto visual e a temperatura. Com a nova estrutura, podemos pensar inclusive na instalação de ar condicionado”, conta a diretora da escola, Luciana Araújo  (foto). 

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

O repasse do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF) também foi usado no último mês na unidade. Com R$ 39.677,50 recebidos referente ao segundo semestre de 2019, foi possível trocar a cerâmica de toda a parte administrativa. Durante o ano, são feitas revisões de desgastes do prédio. O parquinho, por exemplo, passa por pintura e manutenção constantes. 

No Centro de Ensino Fundamental 1 de Brasília, na 106 Sul, a obra foi custeada por emenda parlamentar direcionada à unidade. Foram R$ 31 mil para restauração de portas, janelas, telhados, paredes de sala de aula e restauração da parte elétrica. Na escola desde 1996, a atual diretora conta que a estrutura jamais havia passado por reparos profundos. 

“Terminamos 2019 com problemas elétricos, com muitos picos e quedas de energia. Se ligássemos algo em uma sala, na outra cairia”, lembra Maria Auxiliadora de Souza. A gestora revela tensão quanto à segurança dos servidores e alunos. “Estava perto de um curto circuito. Muitos fios secos, velhos, da idade de Brasília, foram retirados. Por sorte, não tivemos acidentes.”

Com a intervenção, o colégio ganhou cerca de 150 lâmpadas de LED, o que deve, ainda, ajudar com economia na unidade. As salas de aula ficaram prontas para receber os 500 estudantes, mas há previsão de continuidade no feriado de Carnaval.