05/03/2020 às 17:49, atualizado em 06/03/2020 às 11:04

Escola em Brazlândia ganha contenção de águas pluviais

Reivindicação antiga da comunidade escolar, ação no Centro de Ensino Fundamental Vendinha é executada pelo programa GDF Presente 

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília 

Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

Cinco bacias de contenção vão reter a enxurrada que, há mais de 20 anos, faz estragos próximo ao Centro de Ensino Fundamental Vendinha, em Brazlândia. As máquinas do GDF Presente começaram a obra reivindicada pela comunidade escolar e as primeiras intervenções já mostram resultado positivo com as pancadas de chuva. A previsão é concluir o serviço no fim desta semana. 

O estacionamento externo do colégio tem marcas da ação das águas: o asfalto não resiste à força da enxurrada. O vice-diretor Renato Gomes da Silva conta que o problema é antigo, mas piorou ao longo do tempo, especialmente com caso de invasão de terra pública.

“Ficou cada vez mais difícil. Quando cheguei na escola, há 22 anos, a situação já existia. Agora, a correnteza virava rio, já formava uma erosão na frente da escola”, diz. 

Com isso, os cerca de 400 alunos e 60 servidores da unidade de ensino sofriam com a sujeira da lama e força do curso da água. A última precipitação, porém, não causou tantos problemas. “Depois do início da intervenção deu uma melhorada boa porque chegou menos água na região da escola quando choveu. A ação do GDF Presente funciona”, afirma o vice-diretor. 

A ação é executada pelo polo Oeste do GDF Presente, com maquinário descentralizado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), em parceria com a Administração Regional de Brazlândia. O órgão é responsável pela coordenação do trabalho feito próximo à escola, na beira da DF-180, já na fronteira do DF com o município goiano de Padre Bernardo (GO).    

Administrador regional da cidade, Jesiel Costa explica que a situação foi agravada por uma ocupação ilegal da Área de Preservação Ambiental (APA) do Descoberto. “Essa ocupação de certa forma usou a faixa considerada de proteção, tem provocado assoreamento com a intensidade das chuvas e levando para cima da escola”, conta. 

Diretor do Parque de Serviços da administração, Lindomar de Souza esclarece que a intenção é que o volume de água diminua conforme o deslocamento. Com a estrutura pronta, a manutenção de limpeza permitirá o funcionamento no próximo período de chuvas. De acordo com ele, esse tipo de contenção é realizado em vários pontos de Brazlândia. 

Às margens da DF-180, a região conhecida como vendinha fica em terreno que pertence à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e à União. Hoje, de acordo com a Secretaria de de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), cerca de 400 barracos fazem parte da invasão que começou a ser identificada em 2014 e é constantemente monitorada. Segundo o Brasília Ambiental, a escola está em uma Área de Uso Controlado Urbano pelo Plano de Manejo da APA do Descoberto.