08/04/2020 às 15:00, atualizado em 07/04/2020 às 21:39

Cibele Amaral: a capital é uma tela de cinema

Os amigos dessa atriz e psicóloga são, basicamente, colegas de profissão. Hoje, ela se considera “do Plano”, por causa da vida vivida na 416 Sul e na 102 Sul, por exemplo

Por Agência Brasília*

[Numeralha titulo_grande=”13″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”]

Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.

Foto: Arquivo pessoal

Cibele mora em Brasília há 13 anos. Dois anos depois. em 2009, nasceu seu filho Erik, um garoto cheio de energia, conta. Foto: Arquivo pessoal

“Meu nome é Cibele Amaral. Nasci em Brasília. Meus pais vieram para a cidade em busca de oportunidades. Minha mãe não conseguia ter filhos, mas em Brasília ela conseguiu realizar esse sonho e teve o meu irmão, Herbert, e depois eu.

Morei em Brasília até os 19 anos e depois parti em busca de aventuras! Morei na Itália, morei no Rio de Janeiro, voltei pra cá, voltei pra Itália, passei uns 10 anos pra lá e pra cá. Depois, conheci o Patrick, meu marido. Ele é metade brasileiro e metade holandês, também morou fora muito tempo, mas nos conhecemos aqui em Brasília.

Em 2009 nasceu nosso lindo filho Erik. Um garoto alegre, cheio de energia! Já tem 13 anos que estou morando em Brasília. Moramos numa chácara no Córrego do Urubu. Tem cachoeiras, trilhas ecológicas, fauna e flora ricas.

[Olho texto=”O que mais gosto de Brasília é o espaço amplo, o céu azul sempre à vista, o verde na época da chuva, as lembranças que tenho da minha mãe.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Aqui na cidade eu comecei, muito cedo, a fazer teatro. Tinha 12 anos e já me apresentava nos palcos brasilienses. Com 15 anos fiz o primeiro espetáculo profissional.

Na Itália, comecei a fazer cinema como atriz e quando voltei pra cá continuei atuando nas produções brasilienses. Tempos heroicos de muita coragem e determinação, pois se filmava em película e era tudo caro e difícil. Em 1998, comecei a aventura atrás das telas, fiz cursos e comecei a escrever e depois dirigir para cinema.

Os meus amigos aqui são basicamente meus colegas de profissão. Faço parte de associações de audiovisual, participo dos eventos.

Não acho que Brasília ajude muito minha carreira, pelo contrário. Brasília tem uma característica xenófila que precisa mudar. Os brasilienses amam o que vem do eixo Rio/São Paulo. Até mesmo os artistas consagrados daqui precisaram primeiro ser validados pelo eixo. Ficar em Brasília é uma decisão complexa. Na última década, os artistas locais se uniram para mudar esse cenário e conseguimos conquistar recursos para nossas produções. Isso sim, ajuda!

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Também me formei em Psicologia aqui em Brasília e é uma segunda carreira que tento conciliar com a de cineasta. Surgiram novos amigos entre os colegas e professores. Não nos encontramos muito, mas nos vemos nas redes sociais.

Meus irmãos Herbert e Rubens moram aqui e minhas lindas sobrinhas Ana Clara e Isabela, também. Amo nossos encontros!

O que mais gosto de Brasília é o espaço amplo, o céu azul sempre à vista, o verde na época da chuva, as lembranças que tenho da minha mãe.

Me considero do Plano, mas na infância morei em Sobradinho e no Guará. Não tenho muitas lembranças, porém. Minhas lembranças maiores são da 416 Sul, da 102 Sul, do Park Way e, agora, do Córrego do Urubu, que fica no Lago Norte.

Cibele Amaral, 48 anos, cineasta e psicóloga, mora no Córrego do Urubu (Lago Norte)