22/04/2020 às 14:12, atualizado em 22/04/2020 às 16:24

GDF pede estudos para analisar possível abertura das escolas

Governador Ibaneis Rocha demandou à Secretaria de Educação um plano para ser apresentado em dez dias

Por Ian Ferraz, da Agência Brasília

De forma técnica e segura, o Governo do Distrito Federal (GDF) planeja o retorno das aulas na rede pública de ensino a partir de maio. Para que isso seja possível, o governador Ibaneis Rocha demandou à Secretaria de Educação um plano para a reabertura das escolas. O órgão tem dez dias, a contar de hoje (22), para apresentar o estudo. A ideia, se concretizada, é que isso ocorra primeiro para os alunos do ensino médio.

A intenção do governo era que as aulas fossem restabelecidas a partir de junho. Como a curva de acompanhamento dos casos de coronavírus (Covid-19) no Distrito Federal está sob controle, a oferta da rede saúde aumentou e as parcerias com instituições se estabeleceram, o GDF estuda antecipar a medida.

“Determinei ao nosso secretário de Educação [João Pedro Ferraz dos Passos] que traga, junto com sua equipe, um plano de reabertura das nossas escolas. Ultrapassamos o período mais crítico no DF e estamos com o apoio da Universidade de Brasília (UnB) fazendo mais testes de Covid-19. Isso vai nos dar, até meados de maio, um grau maior de certeza nas nossas decisões”, explicou Ibaneis Rocha. De acordo com o chefe do Executivo local, a segurança dos alunos e das famílias deve ser o norte no plano a ser elaborado pela pasta da Educação.

“A ideia é começar pelas escolas de ensino médio, a exemplo do que aconteceu na Alemanha. Lá foram reabertas as escolas de ensino médio, houve acompanhamento constante e as coisas deram certo”, acrescentou o governador.

Ainda de acordo com Ibaneis Rocha, a população do Distrito Federal compreendeu a importância dos decretos, o que torna mais segura a retomada de uma série de atividades no DF.

“É um novo momento que nós vamos viver. A sociedade do Distrito Federal compareceu e respondeu aos nosso pedidos, aos decretos editados, mantiveram e vem mantendo esse isolamento social em nível bastante elevado, até acima de 60% na grande maioria dos momentos. Isso nos deu a possibilidade de interromper a transmissão rápida do vírus e a condição de estabelecer parcerias e melhorar nossa rede de saúde. Agora, de forma coordenada, vamos cuidar da reabertura não só do comércio, mas do retorno da vida da sociedade. As escolas fazem parte e as universidades também”, finalizou Ibaneis Rocha.

A rede pública de ensino do DF tem 460 mil estudantes, distribuídos em 14 regionais de ensino e 683 unidades escolares.