17/05/2020 às 10:20, atualizado em 18/05/2020 às 11:35

‘Adote uma praça’ completa um ano com 50 projetos 

Iniciativas do GDF com comunidade ou setor privado revitalizam praças, jardins, balões rodoviários, estacionamentos e outros espaços públicos. Só no Setor Hospitalar Sul, são gastos R$ 6 milhões

Por Agência Brasília * | Edição: Renato Ferraz

O projeto Adote uma praça completa um ano hoje (17). Lançado oficialmente pelo governador Ibaneis Rocha e coordenado pela Secretaria de Projetos Especiais (Sepe) com as administrações regionais, ele firma parcerias com empresários e moradores para a recuperação e manutenção de praças, jardins, balões rodoviários, estacionamentos, canteiros etc.

Além disso, o GDF revitaliza  pontos turísticos, monumentos, parques infantis, pontos de encontro comunitário – ou qualquer espaço público de uso livre da comunidade. Segundo o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros, o objetivo do programa sempre foi incentivar o trabalho em conjunto com pessoas físicas ou empresas que tenham interesse em adotar essas áreas por um período determinado. 

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

“É um modelo de desburocratização no GDF e não tem como objetivo o lucro para os adotantes, mas sim melhorar a nossa cidade num momento de contenção de recursos pelo qual todo o país vem passando”, ressalta o secretário “E em um ano, conseguimos fomentar o desenvolvimento e trazer, além das benfeitorias, emprego e renda”, explica.

Mais integração e cooperação
Considerado importante por fortalecer iniciativas voltadas para a promoção de esportes, cultura e sustentabilidade, o Adote uma praça merece destaque também por estimular a cooperação entre o governo e a comunidade, assim como com empresas de pequeno, médio e grande porte.

Segundo Gueiros, o principal mérito da iniciativa é contribuir para uma maior integração entre governo e comunidade e ajudar a ampliar o sentido de cidadania e preservação entre moradores e empresários.

“É um programa muito bem elaborado e que resgata a função social de uma cidade, desenvolvendo esse o conceito por meio da ética urbana, proteção do ambiente e promoção da qualidade de vida da população”, revela.

O papel das administrações
Neste primeiro ano de Adote uma praça, já foram feitas 52 solicitações para adoção de locais públicos. Desses, seis já foram revitalizados, 24 estão em andamento e 18 projetos passam por análise técnica.

O programa permitiu a concretização de parcerias importantes em todo o Distrito Federal. É a partir das regiões administrativas (RAs) que a comunidade, o cidadão individualmente ou uma empresa, dá o primeiro passo para adotar um espaço público. Essa adoção vem da necessidade dos moradores de melhorar o local em que vivem. 

[Olho texto=”É um programa que resgata a função social de uma cidade” assinatura=”Everardo Gueiros, secretário de Projetos Especiais” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O Plano Piloto é a região onde se concentra o maior número de adoções. Dos 52 projetos apresentados e em análise, 15 são da região. 

A revitalização do Setor Hospitalar Sul, por exemplo, que já está em andamento, é o maior projeto do Adote tanto em valor quanto em tamanho. A adoção é financiada e executada pelo Hospital Santa Lúcia e a Rede D’or Santa Luzia, numa parceria do GDF, por meio da Sepe, que coordena o programa, e da Administração Regional do Plano Piloto.

Para a administradora , Ilka Teodoro, o Adote uma praça tem sido muito relevante na construção de uma boa parceria público-privada.  “No SHS, é um investimento de quase R$ 6 milhões, com reforma de calçadas, criação de praça de alimentação, mudança na iluminação, adequação na acessibilidade”, afirma.

No Lago Sul está o primeiro projeto do Adote Uma Praça, que também completa um ano hoje, juntamente com o programa. A parceria foi firmada com o Hospital Brasília, que reformou o estacionamento público em frente ao hospital. 

 

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Com isso, foi resolvido um problema antigo de trânsito no local e na acomodação dos veículos dos pacientes, familiares e visitantes, o que gerou maior comodidade a todos. 

“Essa parceria com o Hospital Brasília é um exemplo de sucesso. A área também foi beneficiada com o aumento na segurança e a valorização da paisagem urbana. Com a iniciativa privada assumindo esses gastos, os recursos públicos podem ser empregados em áreas de maior prioridade, dado que as demandas da sociedade são infinitamente maiores que os valores arrecadados pelo erário”, explica o administrador do Lago Sul, Rubens Santoro.

A administradora do Guará, Luciane Quintana, o guaraense já possuí o estímulo para cuidar de praças e parques infantis. “Com o esse programa, conseguimos ampliar essas ações para que mais pessoas participem. Os espaços públicos são a extensão da nossa casa e todos nós somos responsáveis por eles”, relata. 


Como adotar
O programa é desenvolvido com a participação espontânea de pessoas físicas ou jurídicas, interessadas em manter e organizar locais públicos por meio de projeto próprio ou de iniciativa do Estado. A Sepe e as administrações regionais estão sempre prontas para receber novos parceiros. Se quiser adotar algum espaço, entre em contato com a sua administração regional. Qualquer dúvida mande um e-mail.


* Com informações da Secretaria de Projetos Especiais