02/06/2020 às 17:44, atualizado em 02/06/2020 às 18:04

Mais calçadas para o Jardim Botânico

Novos passeios públicos, que totalizam 13 mil metros quadrados de área construída, levam segurança à população

Por Ary Filgueira, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Trilhas de concreto e pilhas de blocos pela cidade: mais calçadas, mais segurança | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

A travessia de pedestres no Jardim Botânico ficou mais segura com a construção de 13 mil metros quadrados de calçadas. Largas, planas e padronizadas, as passagens levam a diversos caminhos, que vão do lazer ao esporte e do trabalho à escola. Por toda parte, o que se vê agora na região são verdadeiras trilhas de concreto e meios-fios que dão mais comodidade a quem caminha.

Para chegar a esse total de calçadas construídas, a Administração Regional do Jardim Botânico e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) traçaram um plano especial: dividir o serviço em quatro etapas. Numa delas, a Novacap e a administração local mudaram o trajeto dos alunos de uma escola pública do Setor de Chácaras de São Sebastião, perto do Jardim Botânico.

Perigo nas ruas

Os alunos da Escola Classe Vila do Boa conviviam diariamente com o risco de atropelamento. Um vídeo gravado por um morador e que chegou às mãos do administrador do Jardim Botânico, João Carlos Lóssio, mostrava essa situação.

As cenas ocorreram no trajeto entre os condomínios Quintas Interlagos e Ouro Vermelho II. Uma professora usava um galho de árvore para chamar a atenção dos motoristas que passavam rentes ao grupo de alunos e professores que se deslocava pela marginal de terra até o colégio. A sinalização improvisada se dava porque naquele trecho não havia nenhum tipo de calçada.

Ao verificar o material gravado, Lóssio estabeleceu o lugar como prioridade no então projeto de instalação de calçadas traçado para o Jardim Botânico. Mas, bem no meio do caminho por onde a calçada passaria, havia mais que pedras. “O espaço era curto para caber uma calçada de dois metros de largura, como é o padrão de nossas calçadas”, conta o administrador. “Então, eu chamei os proprietários das chácaras e pedi a eles que cedessem alguns centímetros. Eles acabaram concordando”.

Outras obras

Arte: Agência Brasíla

As outras etapas do serviço contemplaram os trechos entre os condomínios Quintas do Sol e Ouro Vermelho I, na Avenida Comercial, perto da Igreja Santa Clara, e do balão do condomínio Solar de Brasília I até a calçada da DF-001. É uma imensidão de calçadas a perder de vista.

Bom para moradores do Jardim Botânico. Bom também para Gabriel da Silva, 54 anos, que reside no Mangueiral. Do mercado onde fez compras até sua casa, conta, são cerca de 2 km, percurso que ele costuma fazer a pé – agora, com segurança. “As calçadas ficaram muito boas, largas e planas”, elogia o porteiro.

Quem também ficou satisfeita foi Maria das Graças, 39 anos, funcionária de uma residência no condomínio Mansões Califórnia. “As calçadas estavam bastante acabadas”, observa. “Eu gostei muito. São largas e dá para passarem várias pessoas ao mesmo tempo sem esbarrar umas nas outras”.

Em frente ao canteiro central, perto de onde a administração local constrói um estacionamento, há uma pista mista utilizada por pedestres e ciclistas. A exemplo do que ocorre em outras vias, o convívio entre os dois grupos não é harmônico. Então, a calçada paralela à ciclovia separou esses usuários.  “É muito perigoso, porque [nesse trecho] ciclista não respeita pedestre”, lamenta o chaveiro Walison Júnior de Araújo, 35 anos.

Arte: Agência Brasília

Arte: Agência Brasília