22/06/2020 às 08:29, atualizado em 22/06/2020 às 15:05

Cruzeiro: parquinhos e quadras esportivas ganham reforma 

Projeto vai revitalizar 36 áreas de lazer infantis. Moradores estão ansiosos tanto pelas obras quanto pelo fim da pandemia de Covid-19

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Renato Ferraz

Servidores da Administração Regional do Cruzeiro e 15 reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) começaram  a revitalizar 36 parquinhos da cidade. E começaram cortando o mal pela raiz: no caso, as raízes do mato que ocupava o playground natural da Quadra 4 da RA para dezenas de crianças. 

“Estamos antecipando a solução para uma cobrança inevitável das crianças e seus pais, todos ávidos para usar os parquinhos depois que essa pandemia acabar”, conta o administrador Cláudio Simões – nascido, criado e até hoje morador do lugar. “É a oportunidade de poder contribuir mais ainda com a nossa cidade, torná-la mais linda do que ela já é”, conta.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A ação dá início a um projeto que tem como meta revitalizar as áreas de lazer do Cruzeiro – que nasceu em novembro de 1959, antes mesmo da capital. Depois dos parquinhos de diversões, o alvo da administração será as dez quadras poliesportivas. 

A verba para as duas forças tarefas virá de uma emenda parlamentar do deputado Reginaldo Sardinha. Só para a reconstrução, manutenção e revitalização dos parques infantis foi destinado R$ 150 mil. Se tudo der certo, as obras dos espaços esportivos começam no segundo semestre deste ano.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

“Estamos em processo de compra de material. Vamos logo reparar três ou quatro parques”, explica Simões. “Depois, iremos revitalizar todas as quadras esportivas, também com verba parlamentar, mas que será repassada para a Secretaria de Esporte, que vai fiscalizar as obras”, antecipa o gestor.

Antes do projeto começar, foi feito um mapa para identificar as necessidades principais de cada espaço – e quais os serviços específicos para cada um dos playgrounds. “Com esse estudo, os trabalhos serão feitos com mais agilidade”, diz o administrador. “Nas quadras, vamos reparar cestas, aros e tabelas de basquetes, traves dos gols, grades e alambrados e pintura do chão”, detalha.

Danilo Lima, 41 anos, não vê a hora da pandemia acabar. Mais do que isso. Anseia pela obra do parquinho da Quadra ficar pronta para levar a sobrinha de dois anos para brincar na gangorra, balanço e cadeirinha rolante. O escorregador é aventura para pimpolhos mais crescidos, observa ele, no momento desempregado.

“Que bom que está sendo reformado, deixa o ambiente bonito, antes estava largado, com os brinquedos quebrados, areia suja e mato grande”, lembra ele, que tem o privilégio de morar em frente à praça, bastando dar cinco passos para chegar ao local.

Sem animais

A família Reis mora no Cruzeiro há 55 anos. A matriarca do clã chegou ao coração do Planalto Central com quatro aninhos de idade. Hoje com 69 anos, dona Marinalda confessa que ela, a filha e o casal de netinhos são figuras fáceis em todos os parquinhos da cidade. 

Principalmente o das quadras 4 e 3, que fica do lado da quadra da escola de samba Aruc, o próximo a ser reformado pela administração do Cruzeiro. “Gostamos muito de levar os meninos para brincar ao ar livre, mas isso é inviável com esse vírus”, lamenta. 

Dona Marinalda só pede uma coisa. Que sejam colocadas pela administração local, placas de advertência, proibindo a entrada de animais nos parquinhos. “Não tem nada a ver, não é? Emporcalha um espaço onde sempre vai ter criança, é perigoso, por conta da contaminação”, avalia. 


Outras ações
Além desses serviços pontuais, a administração conta com apoio constante de manutenção da cidade por meio de ações do GDF Presente. “É uma ajuda muito boa”, agradece o administrador. “A CEB tem feito um trabalho muito bom com a gente, trocando toda a iluminação do Cruzeiro Velho por lâmpadas de LED”, conta Simões, sinalizando que agora o mesmo trabalho será feito no Cruzeiro Novo. Com a ajuda da Novacap, constantemente é feito a roçagem do mato no local e podas das árvores, a SLU ajuda na varrição das ruas. “São trabalhos que foram feitos e estão sendo feitos”, comenta o gestor.