12/09/2020 às 14:32, atualizado em 12/09/2020 às 17:16

Obras da clínica da mulher seguem em ritmo acelerado

Unidade vai concentrar os ambulatórios das principais especialidades voltadas ao público feminino

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

Localizada na 514 sul, a clínica da mulher terá 15 consultórios, salas de exames, vacinas, triagem e uma farmácia| Foto: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília

Paredes na cor verde, grades e corrimãos pintados de cor de rosa e um jardim gramado com muitas flores darão boas-vindas para as mulheres da capital que precisarem de atendimento médico especializado. A estrutura externa do prédio onde vai funcionar o Centro Especializado de Saúde da Mulher (Cesmu) está pronta e as obras dentro do edifício onde vai funcionar a unidade de saúde, que vai atender essencialmente mulheres, seguem em ritmo acelerado. Confira o vídeo:

 

Fruto de uma parceria entre as secretarias de Saúde e da Mulher, o primeiro Cesmu do DF será inaugurado até o final desse ano e vai funcionar como um projeto piloto a ser replicado nas demais regiões administrativas. “Esse é um projeto muito sonhado por todo o governo. É a primeira clínica da mulher do DF, anunciada em março  como um presente para as brasilienses. O objetivo é oferecer um atendimento especializado e integrado para as mulheres, como ginecologista, mastologista e todos os serviços especializados voltados para a mulher”, afirma a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.

A unidade vai funcionar no prédio onde era a Policlínica da 514 Sul, construído em 1981 para ser inicialmente uma unidade básica de saúde (UBS), o antigo posto de saúde. Para se transformar em um centro de atendimento especializado no atendimento apenas mulheres algumas adaptações precisaram ser feitas no edifício. Consultórios foram reformados, a sala onde ficava o arquivo com os prontuários dos pacientes está em obras para ser integrada à recepção, as cadeiras dos dentistas foram retiradas e a antiga sala da Odontologia será transformada em um espaço para a realização de procedimentos, como inserção de DIU, curetagem e colposcopia.

A clínica da mulher terá 15 consultórios, uma sala para a realização de exames para o apoio diagnóstico, uma sala de vacinas, uma para a triagem dos pacientes e uma farmácia. As paredes internas serão brancas com adesivos florais e frases motivacionais. “Pegamos um espaço que já existia, tinha uma estrutura para o atendimento em saúde e demos a ele outra configuração. Vai ser todo preparado para as mulheres, todo decorado para que seja um espaço acolhedor e tenha a cara das mulheres”, explica Ericka.

Os investimentos na readequação da unidade, de cerca de R$ 50 mil, foram feitos pela Secretaria de Saúde. Dezenas de trabalhadores estão empregados na reforma. A Companhia de Urbanização da Nova Capital (Novacap) forneceu mão-de-obra para a demolição e construção de paredes no espaço.

Atendimento secundário

O Centro Especializado em Saúde da Mulher é um serviço ambulatorial criado com o objetivo de fornecer a assistência integral à saúde da mulher, incluindo serviço de apoio à vulnerabilidade e às mulheres vítimas de violência. Vai oferecer atendimento de ginecologia e obstetrícia; mastologia; dermatologia; psicologia; assistência social; nutrição; enfermagem; acupuntura; homeopatia e exames da mulher em geral. O GDF também pretende criar um programa de planejamento familiar reprodutivo para acontecer no Cesmu.

A clínica da mulher vai atender pacientes de todo o DF. Elas não deverão procurar atendimento diretamente no local. As mulheres serão encaminhadas para a clínica pelas UBSs, responsáveis pelo atendimento primário aos pacientes. Ou seja, marcarão consultas no local por indicação da equipe da UBS. “Caso ela tenha uma condição clínica que necessite de um especialista será encaminhada ao ambulatório”, explica Eliene Ferreira de Sousa, coordenadora de Atenção Secundária da SES.

Eliene Souza, coordenadora de atenção secundária | Foto: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília

A ideia, inclusive, é atender prioritariamente casos graves. “Como a gente tem ambulatórios de ginecologia em todas as regiões de saúde, só devem vir para cá casos graves Os demais podem ser resolvidos na própria RA”, afirma Eliene Sousa. A coordenadora, no entanto, garante que o atendimento não será negado a paciente que procure a unidade diretamente. “Será uma unidade de portas abertas. Se ela for vítima de violência, por exemplo, e estiver pelo Plano Piloto, pode vir aqui Queremos trazer a assistência do Programa de Assistência à Violência (PAV) para cá”, ressalta.

A Secretaria de Saúde ainda não definiu a capacidade de atendimento do Cesmu, porque muitos servidores da atenção secundária foram deslocados para os principais hospitais do DF para reforçar o atendimento dos casos de Covid-19. A SES também está realocando os serviços e os servidores da Policlínica que funcionava no local.