07/10/2020 às 18:08, atualizado em 07/10/2020 às 19:05

SLU doa restos de entulhos recicláveis

Três cooperativas que trabalham com reciclagem foram contempladas e devem recolher 100 toneladas do material. A ação é inédita

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

Material doado volta ao ciclo produtivo, gerando renda para os catadores | Foto: Divulgação/SLU

Pelo menos 90 toneladas de restos de ferragens foram retiradas da Unidade de Recebimentos de Entulhos (URE) do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) desde a última quinta-feira (1º). O volume foi dividido em doações a três cooperativas de reciclagem do DF: Cooperdife, Plasferro e Recicla Brasília. São materiais que voltam ao ciclo produtivo, gerando renda para centenas de famílias de catadores.

É a primeira vez que esse tipo de doação acontece. Na URE são processadas centenas de toneladas de restos de obras que chegam todos os dias. A maior parte passa por um procedimento automatizado e se transforma em matéria-prima utilizada em obras públicas, como brita, areia e rachão. Outros materiais, como ferragens, plásticos e madeira, são separados e, até recentemente, estavam sem destinação adequada.

Percebendo o acúmulo desse material na URE, o SLU iniciou, ainda em 2019, um processo administrativo para promover a doação às cooperativas. Segundo o analista de gestão de resíduos sólidos Allan Adjuto, há mais de 100 toneladas de entulho a serem retiradas nos próximos dias.

Cronograma de retirada

 “Outras seis cooperativas estão cadastradas e serão igualmente beneficiadas”, informa Adjuto. “A ideia é analisar a quantidade de resíduos e com que frequência eles se acumulam, para estabelecer um cronograma de retirada, que poderá ser quinzenal ou até semanal.”

A doação foi regulamentada pelo SLU por meio da Instrução Normativa nº 13, de julho de 2019. De acordo com o documento, as cooperativas interessadas precisam possuir contrato com o SLU, manifestar interesse via formulário e preencher um termo de responsabilidade.

Para o administrador da Cooperdife, Cleison Silva, a doação veio em boa hora. “Estamos num processo de locação de um novo galpão, fazendo investimentos, e, recentemente, tivemos uma suspensão da coleta seletiva que afetou nossa renda. Então, conseguir esse material agora foi muito bom para nós”, valoriza.

* Com informações do SLU