11/10/2020 às 08:25, atualizado em 11/10/2020 às 08:36

Agricultura familiar marca reabertura da Feira do Parque

Novidade desta edição é que há a opção das compras on-line. Neste domingo (11), atividades vão das 9h às 16h

Por Agência Brasília * | Edição: Fábio Góis

Iniciativa amplia o espaço de comercialização e leva os produtores para o contato direto com o consumidor do DF | Foto: Emater-DF

A marca da retomada da Feira Rural no Parque neste fim de semana foi a diversidade produtiva, com destaque para a agricultura familiar. Alimentos e plantas diversos, produzidos por agricultores do Distrito Federal atendidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), estão sendo comercializados no Estacionamento 13 do Parque da Cidade, ao lado da administração.

Neste domingo (11) a feira vai funcionar entre as 9h e as 16h. A iniciativa amplia o espaço de comercialização e leva os produtores para o contato direto com o consumidor do Distrito Federal.

[Olho texto=”“A gente precisa oferecer oportunidade e a população da cidade precisa conhecer e valorizar nossos produtos e produtores. São produtos de qualidade e produzidos de forma sustentável”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”centro”]

Alimentos orgânicos, biscoitos, geleias, doces, temperos, mudas, plantas ornamentais, artesanato e até uma praça de alimentação com produtos para o café da manhã e almoço são oferecidos na feira. Produtor de alimentos orgânicos no Capão Comprido, núcleo rural de São Sebastião, Elizaldo Ferreira, 46 anos, disse que estava ansioso pela volta do espaço.

“Eu já estava pensando nessa feira e na expectativa de recomeçar. É uma oportunidade muito boa para a gente vender nossos produtos”, ressaltou. Em sua propriedade, Elizaldo cultiva alimentos como banana, cenoura, berinjela, beterraba, batata doce, repolho, alho poró, amora e açafrão.

[Olho texto=”“Tanta coisa linda. Passei aqui sem pretensões e já estou levando comida, planta e um mimo do pessoal do artesanato”” assinatura=”Marina Ferreira, frequentadora do parque” esquerda_direita_centro=”centro”]

Esta edição da feira traz uma novidade: se o cliente preferir não permanecer por muito tempo no espaço, pode fazer a compra antecipadamente por meio do site PõeNaCesta. Basta entrar em contato com o produtor, fazer o pedido e retirá-lo na feira. A ferramenta pode ser usada a qualquer tempo, não só na feira. Por meio dela, o consumidor entra em contato direto com o produtor.

“A ideia é ajudar nossos pequenos produtores com a comercialização. A gente precisa oferecer oportunidade e a população da cidade precisa conhecer e valorizar nossos produtos e produtores. Os produtos são de qualidade e produzidos de forma sustentável”, ressaltou a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca.

Após seis meses suspenso devido à pandemia de Covid-19, o projeto foi retomado seguindo todas as orientações de segurança sanitária para que expositores e visitantes possam comercializar o melhor da produção local com tranquilidade.

Beatriz Viana mora em uma chácara no Núcleo Rural de Sobradinho. Sua propriedade fica em uma rota de turismo rural. Na feira ela oferece ovo caipira, mas também produz frutas e artesanato.

Alunos do programa de empreendedorismo Filhos Deste Solo também participaram da feira como produtores | Foto: Emater-DF

Para ela, o espaço é uma ótima oportunidade de mostrar seu trabalho. “É muito importante para a gente essa feira. A gente tem que mostrar o que produzimos. Meus pais são pioneiros na região em que eu moro, estão lá desde 1960. A gente mostrar isso pela Emater é muito importante. Traz visibilidade para os nossos produtos”, enfatizou.

Alunos do programa de empreendedorismo Filhos Deste Solo, da Emater-DF, também participaram da feira como produtores. Cleiton Neves levou mudas e insumos para plantio, enquanto Vitor Hugo levou bicicletas de bambu para mostrar seu trabalho pela Bamburiti e os irmãos André Ferreira e Luciellen levaram ovos caipiras.

O gerente do Escritório de Comercialização da Emater-DF, Blaiton Carvalho da Silva, lembrou que a pandemia dificultou vendas de muitos agricultores que dependiam das feiras. “A pandemia atrapalhou muito. Estamos retomando para que eles tenham oportunidade”, ressaltou.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]

Blaiton afirmou ainda que as feiras são importantes para comercialização de pequenos produtores. O hábito de muitas pessoas que gostam do ambiente favorece o mercado. “Feira é olho no olho, é sabor, é cheiro. A feira tem particularidades de que muitas pessoas gostam. Conversar com o produtor, saber como e onde é produzido. Não é uma cenoura qualquer, é uma cenoura mais saudável. O biscoito é feito com produtos saudáveis, sustentáveis, orgânicos, agroecológicos”, arrematou.

Nesta edição, a Secretaria de Turismo entrou como parceira, ajudando em parte das instalações, e também com a participação de artesãos cadastrados na pasta. Várias bancas com artesanato fizeram a composição do espaço, o que agradou os visitantes da feira. A Secretaria de Esporte e Lazer e a Administração do Parque da Cidade também são apoiadores do evento.

Marina Ferreira, 28 anos, passou pelo local e disse ter gostado de tudo o que viu. “Tanta coisa linda. Dá vontade de levar uma coisa de cada um. Passei aqui sem pretensões e já estou levando comida, planta e um mimo do pessoal do artesanato”, disse.

 

* Com informações da Emater-DF