19/10/2020 às 20:05

Primeira etapa da Campanha Cartão Verde aplica mais de 700 cartões

Ação promovida pelo SLU passou pelo Noroeste, Gama e Ceilândia

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Dos 702 cartões aplicados pelas equipes de garis, a maior parte, 255, foi de cartão verde, indicando coleta correta. Os cartões amarelos, foram 239, indicando mistura de recicláveis e orgânicos| Foto: Divulgação/SLU

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) concluiu a primeira etapa da campanha Cartão Verde, que avaliou a qualidade da coleta seletiva nas regiões do Noroeste, Gama e Ceilândia (Setor O). Durante três semanas foram aplicados 702 cartões pelas equipes de garis. A maior parte, 255, foi cartão verde, indicando que naquela residência ou condomínio a coleta seletiva estava correta. Foram 239 cartões amarelos, onde ainda havia mistura de recicláveis e orgânicos, e 208 cartões vermelhos nos locais onde não havia nenhum tipo de separação.

Cada contêiner e lixeira foi adesivado uma vez por semana. A partir dessa semana, o DF Legal entra em campo para notificar as residências e condomínios que receberam três cartões vermelhos, dando um novo prazo para readequação antes de aplicar a multa, que pode chegar a R$ 2 mil.

Na semana que antecedeu a vistoria, as equipes de mobilizadores das empresas passaram nas regiões avisando moradores e síndicos do início da operação. Eles esclareceram dúvidas e alertaram que a separação correta dos resíduos é um dever de todos, como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos, reforçada no DF pela Resolução nº 21 da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), que regulamenta o descarte de resíduos e atribui ao usuário a responsabilidade de separar e acondicionar adequadamente os resíduos sólidos.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]

Antes de dar início às avaliações, os garis passaram por um treinamento coordenado pelo SLU. Rodrigo Pereira, que atua em Ceilândia, foi um deles. Ele conta que a campanha despertou curiosidade dos moradores.

“Eu acho que foi uma ação muito importante. Na hora de colocar os adesivos, as pessoas perguntavam o que a gente estava fazendo, o que era essa campanha. Só isso já faz as pessoas olharem com mais atenção para a questão da reciclagem. Eu já trabalhei em cooperativa de catadores e sei que é dessa separação que muitas famílias tiram sua renda”, relatou o gari.

As equipes de garis aplicaram 208 cartões vermelhos, indicando os locais onde não havia nenhum tipo de separação | Foto: Divulgação/SLU

Ao longo de três semanas de campanha, alguns condomínios e residências receberam só cartões vermelhos e devem receber a notificação do DF Legal. Mas em muitos locais houve uma evolução positiva da separação. É o caso do condomínio Village, no Gama, onde residem mais de 1 mil moradores. Nas duas primeiras semanas, eles receberam o cartão vermelho. Na terceira semana, ganharam cartão verde.

“Aqui no nosso condomínio a gente já tem uma preocupação ambiental. Temos um sistema para reuso da água de chuva. Estamos também implementando um sistema para uso de energia limpa. Mas essa questão dos resíduos depende de cada morador fazer sua parte. Estamos fazendo esse alerta constantemente e acredito que a campanha ajudou a mostrar, inclusive visualmente, a importância de se fazer a separação corretamente”, avalia o síndico Wallison Couto.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 2 mil” texto=”é o valor a que pode chegar a multa para quem não se readequar, após a notificação do DF legal” esquerda_direita_centro=”centro”]

De acordo com a coordenadora de Mobilização do SLU, Luana Sena, o objetivo principal da ação é a conscientização. “O nosso objetivo não é notificar, mas promover a mudança de hábito não só da separação adequada, mas também da disposição desses resíduos nos dias e horários corretos, para garantir que esse material vá chegar na mão dos catadores de materiais recicláveis”.

A segunda fase da campanha começa na próxima segunda-feira, dia 26, nas regiões do Sudoeste/Octogonal, demais áreas de Ceilândia e Recanto das Emas.

*Com informações do SLU