21/10/2020 às 17:04, atualizado em 21/10/2020 às 21:02

Vacinação antirrábica chega à área urbana

O condutor do animal deverá usar máscara e manter o distanciamento na fila. Confira aqui os locais e horários dos postos

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Cães e gatos acima de três meses de idade podem receber a vacina antirrábica. Os que receberem a dose pela primeira vez, devem ser revacinados após 30 dias | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A segunda etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica no Distrito Federal chegou na zona urbana. Os postos de vacinação estão abertos para imunizar cães e gatos do vírus da raiva. A expectativa da Secretaria de Saúde é vacinar 80% deles, seja da cidade ou do campo. Estima-se que existam 345.033 animais, sendo 308.419 cães e 36.613 gatos.

Riacho Fundo II, Samambaia e Santa Maria já iniciaram a vacinação. Fercal, Guará, Park Way, Recanto das Emas, Sobradinho e Riacho Fundo I começam a campanha esta semana. Confira o cronograma completo de vacinação com datas e horários na página da campanha na internet.

“Todos os cães e gatos acima de três meses de idade podem receber a vacina antirrábica, lembrando que os que receberem a dose pela primeira vez devem ser revacinados após 30 dias”, informa Rodrigo Menna, gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses.

Segundo o gerente, cada região administrativa terá programação própria, incluindo a vacinação aos sábados. “A campanha é uma forma de alcançarmos o maior número possível de cães e gatos. Apesar de não haver casos de raiva no Distrito Federal há muitos anos, é importante que os animais tomem a vacina anualmente e mantenham-se imunizados”, destaca.

Recomendações durante a vacinação

Os animais devem ser conduzidos por pessoas com idade e porte adequados para o manejo e segurança. É recomendado levar os felinos dentro de caixas de transporte apropriadas. O condutor do animal deverá usar máscara e será necessário manter o distanciamento na fila.

Além dos pontos distribuídos pelas regiões administrativas, a vacina fica disponível ao longo de todo o ano nos núcleos de Vigilância Ambiental regionais e na sede da Vigilância Ambiental, no Setor Noroeste.

Os animais devem ser conduzidos por pessoas com idade e porte adequados para o manejo e segurança. É recomendado levar felinos dentro de caixas de transporte apropriadas | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A raiva no DF

O Distrito Federal não registra casos de raiva em humanos desde 1978. Em cães, o último caso diagnosticado foi em 2000 e, em gatos, no ano de 2001. O vírus rábico circula no DF em quirópteros, nos bovinos, equídeos e outros animais.

Apesar de não haver casos no DF, a enfermidade precisa ser tratada com seriedade. Dentre as doenças infecciosas de origem viral, a raiva é a única em relação a seu alcance e ao número de vítimas, que pode gerar uma encefalite aguda capaz de levar as vítimas ao óbito em praticamente 100% dos casos. A doença acomete todas espécies de mamíferos, inclusive, seres humanos.

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O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras e, eventualmente, pela arranhadura e lambedura de mucosas ou pele lesionada.

Um dos importantes pilares do programa de vigilância da raiva preconizado pelo Ministério da Saúde é a campanha anual de vacinação contra raiva em cães e gatos, de modo a manter, no curto prazo, parcela significativa dessas populações imunes ao vírus. Essas campanhas foram iniciadas com a criação do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR) em 1973.

*Com informações da Secretaria de Saúde