27/11/2020 às 19:09, atualizado em 29/11/2020 às 15:39

Campanhas de vacinação são prorrogadas

Apenas 56,8% dos menores de 5 anos foram imunizados. Saúde alerta para risco do retorno de doenças. Campanhas estendidas até 11 de dezembro

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

O Distrito Federal ainda está distante de alcançar a meta de imunização contra a poliomielite. Apenas 56,8% do público-alvo foi vacinado, tendo como meta pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos de idade. Além disso, a campanha da Multivacinação não atingiu o número ideal,  somente 68,6% do público foi imunizado. Devido à baixa procura, as campanhas foram prorrogadas até o dia 11 de dezembro.

A gerente de Imunizações da Secretaria de Saúde, Renata Brandão, alerta para a importância de evitar-se o retorno das doenças que são preveníveis. Segundo ela, “não se vacinar, além de colocar em risco a própria saúde, coloca em risco também a saúde de seus familiares e de outras pessoas do seu convívio, contribuindo para aumentar a circulação de doenças. Vacinar é prevenir, imunizar e cuidar”.

Em todo o Distrito federal há 135 salas de vacinação que estão abastecidas com as doses para atender a população. O público estimado para imunização da poliomielite é de 160 mil crianças e bebês. Até o momento foram contabilizadas 91.790 que receberam a dose.

A campanha da Multivacinação é destinada a crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. Até agora, compareceram às salas de vacinação 207.014 menores, dos quais 142.090 precisaram aplicar alguma vacina. As duas campanhas tiveram início no dia 05 de outubro.

A poliomielite

A poliomielite, também conhecida por paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia.

Desde 1987, o Distrito Federal não registra casos de poliomielite. A área técnica de imunização da Secretaria de Saúde alerta sobre a necessidade de as crianças receberem as doses da vacina mesmo sem registros da doença há mais de 30 anos, uma vez que as coberturas vacinais ainda são heterogêneas, podendo levar à formação de bolsões de pessoas não vacinadas, o que possibilita a reintrodução do poliovírus.

A vacinação tem estratégias diferenciadas para as crianças menores de um ano e para aquelas na faixa etária de 1 a 4 anos de idade. Todas as crianças menores de 5 anos deverão comparecer às salas de vacinas para receber uma dose contra poliomielite.

A depender do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina.

Multivacinação

Já na campanha de Multivacinação, o objetivo é completar as cadernetas com os 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças: BCG (tuberculose); rotavírus (diarreia); poliomelite oral e intramuscular (paralisia infantil); pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib); pneumocócica; meningocócica; DTP; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais); além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A.

Neste ano, também passou a integrar a lista de vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS) a Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

*Com informações da Secretaria de Saúde