15/12/2020 às 11:20, atualizado em 15/12/2020 às 13:00

Conheça o júri que premiará os melhores

Equipe de jurados do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é formada por profissionais de destaque nacional

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

Arte: Divulgação/Secec

A edição 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), que segue desta terça-feira (15) até domingo (20) no Canal Brasil e na plataforma Canais Globo, terá três comissões de jurados que vão avaliar o melhor filme em cada uma das mostras competitivas. Juntas, vão escolher o Candango de Melhor Filme e atribuir alguns prêmios especiais.

“Neste ano, de forma atípica, todos os filmes já entraram no FBCB com o prêmio em dinheiro”, explica a diretora executiva do FBCB, Érica Lewis. “Os longas da Mostra Oficial receberam R$ 30 mil e os curtas, R$ 15 mil, enquanto a Mostra Brasília pagou R$ 15 mil aos longas e R$ 5 mil aos curtas, num total de R$ 400 mil. Agora, o que está em jogo é o cobiçado e prestigiado Candango.”

Os vencedores serão conhecidos na próxima segunda-feira (21), às 20h, no canal do YouTube da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), numa cerimônia ao vivo durante a qual também serão anunciados os vencedores do júri popular e de prêmios especiais.

Conheça, primeiramente, os integrantes do júri da Mostra Oficial de Longas-Metragens.
 
Ana Maria Magalhães

Fotos: Divulgação

  • Atriz e diretora, atuou em filmes de importantes diretores, como Nelson Pereira dos Santos, Hector Babenco, Glauber Rocha e Manoel de Oliveira. Na televisão, destacou-se nas novelas Gabriela (1975), Saramandaia (1976) e Top Model (1989).
    Seu primeiro filme como diretora, Mulheres de Cinema, foi eleito pela crítica um dos 100 melhores curtas brasileiros. Também dirigiu Já que Ninguém me Tira pra Dançar, sobre Leila Diniz, e curtas de sucesso, como Assaltaram a Gramática. Com Reidy, a Construção da Utopia, foi premiada no Festival do Rio e no Cine Eco, em Portugal. Ainda escreveu e dirigiu a série O Brasil de Darcy Ribeiro, homenageada pela TAL TV como Melhor Série Documental.
    Seu filme mais recente, Mangueira em 2 Tempos, recebeu o prêmio de Melhor Documentário no International New York Film Festival e Menção Honrosa no Los Angeles Brazilian Film Festival. O aguardado filme será lançado em 2021.

 

Joel Zito Araújo

  • Mineiro de Nanuque, o diretor, roteirista, escritor, professor e pesquisador Joel Zito Araújo se destaca ao investir no resgate, na visibilidade e no debate da presença afrodescendente no audiovisual. A luta constante é contra a intolerância racial – tema que também norteia seus trabalhos acadêmicos.
    Formou-se em psicologia pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), fez mestrado em sociologia da educação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutorado em comunicação na Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado em rádio, TV e cinema na Universidade do Texas (EUA).
    No cinema, estreou em 1989, com o curta Memórias de Classe. Nessa primeira fase da carreira, realizou ainda Alma Negra da Cidade (1990), São Paulo Abraça Mandela (1991) e Retrato em Preto e Branco (1992). A consagração veio em 2001, com o documentário A Negação do Brasil, vencedor do Festival É Tudo Verdade.
    Em 2005, estreou na ficção com o drama Filhas do Vento, premiado em Gramado (RS). Dois anos depois, lançou, pela Fundação Cultural Palmares, o livro O Negro na TV Pública. Seus trabalhos seguintes no cinema foram Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado (2009), Raça (2013) e o premiado Meu Amigo Fela (2019), sobre o músico nigeriano Fela Kuti. Sua mais recente produção, o longa de ficção O Pai da Rita, tem previsão de lançamento em 2021.

Ilda Santiago

  • Formada em jornalismo e cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Ilda Santiago é sócia-fundadora do Grupo Estação, importante janela exibidora de filmes de arte no Brasil, além de diretora executiva, de programação e relações internacionais do Festival do Rio – um dos mais prestigiados e respeitados eventos cinematográficos da América Latina, criado em 1999.
    É uma das responsáveis pela expansão e criação do Espaço Unibanco. A partir do catálogo que montou com mais de 300 filmes à frente do Grupo Estação, organizou várias retrospectivas, tendo como atrações trabalhos de mestres do cinema mundial, como Louis Malle, François Truffaut, Ingmar Bergman, Orson Welles, Jean Luc Godard e Nelson Pereira dos Santos, entre muitos outros.
    Curadora e produtora de diversos eventos de promoção do cinema brasileiro em todo o mundo, Ilda organizou, durante anos, a Premiere Brasil, em Nova York/EUA (MoMA, de 2003 a 2013), Berlim/Alemanha (Haus der Kulturen der Welt), Lisboa/Portugal (Centro Cultural Belém), Shanghai e Beijing (China) e Washington DC (EUA).
    Como jurada, participou de festivais no exterior e no Brasil. É produtora da comédia Bem Casados, de Aluizio Abranches, e produtora associada dos filmes Rio Eu te Amo, Marias e Todas as Canções de Amor.
    Atualmente, é responsável pela distribuidora Pagu Pictures, que já lançou, entre outros títulos, Aos teus Olhos (2017), de Carolina Jabor, e Sequestro Relâmpago (2018), de Tata Amaral.

Confira, abaixo, o júri da Mostra Oficial de Curtas-Metragens.

Carlos Marcelo

  • Nascido em João Pessoa (PB) e radicado em Brasília desde 1985, Carlos Marcelo é formado em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e começou a carreira profissional no caderno cultural do jornal Correio Braziliense, do qual chegou a ser editor-executivo. Em 2005, foi um dos vencedores do Prêmio Esso. Desde 2016, é diretor de redação do Estado de Minas, de Belo Horizonte (MG). É um dos criadores do programa de rock Cult 22, da Rádio Cultura FM (DF).
    Idealizou e foi curador da primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Brasília (FicBrasília), realizado em 1999. No mesmo ano, ganhou o Candango de Melhor Roteiro e Júri Popular no Festival de Brasília com o curta-metragem Tepê, de José Eduardo Belmonte. Esse mesmo trabalho lhe rendeu, em 2000, o prêmio de Melhor Argumento no 8º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (MT).
    Seus trabalhos como roteirista foram reconhecidos nos festivais de roteiro em Porto Alegre (RS) e Lisboa. É autor dos livros Eu Engoli Brasília – Nicolas Behr, perfil biográfico sobre o poeta mato-grossense radicado na capital; Renato Russo: o Filho da Revolução, O Fole Roncou! Uma História do Forró, escrito com o jornalista Rosualdo Rodrigues, e do romance policial Presos no Paraíso.

Graciela Guarani

  • Pertencente à nação Guarani Kaiowá, Graciela é produtora cultural, comunicadora, cineasta, curadora de cinema e formadora em audiovisual. Mulher indígena pioneira em produções originais audiovisuais no Brasil, já dirigiu e roteirizou oito curtas-metragens e uma série de videocartas para o Instituto Moreira Salles (IMS), no Rio de Janeiro, além de participar, como cinegrafista e codiretora, do longa My Blood is Red (Needs Must Film).
    Também inclui na trajetória atuação como facilitadora do curso Mulheres Indígenas e Novas Redes Sociais – da Invisibilidade ao Acesso aos Diretos, projeto da ONU Mulheres Brasil e do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sues na Mídia e no Cinema”.

 

Liloye Boubli

  • Liloye Boubli é cineasta e diretora da TV. Formada em artes pela UnB, iniciou a carreira como assistente de direção em longa-metragem de ficção. Dirigiu o documentário Ballet Bolshoi, Dois Séculos de História (2001), distribuído para diversos canais internacionais, além de exibição na noite de abertura do Dance on Camera Festival, no Lincoln Center de Nova York.
    Participou do Sundance Festival (EUA) com o curta Tangerine Girl (1998). Os trabalhos mais recentes são as séries documentais para TV Presença de Villa Lobos na Música Brasileira (2018), Na Fita (2018), O que Querem as Mulheres? – com Heloisa Buarque de Hollanda – e Maracatus, filmado no Brasil e em Angola.

Abaixo, o júri da Mostra Brasília Longas e Curtas.

Catarina Accioly

  • Produtora, roteirista, diretora e atriz com 25 anos de experiência em teatro, cinema e TV, Catarina Accioly é graduada em artes cênicas pela UnB (em 1999) e atua nas artes cênicas desde 1994. Só de espetáculos teatrais, são mais de 30 participações como atriz ou diretora, com a consultoria de mestres do ramo como o uruguaio Hugo Rodas – radicado em Brasília – e Antônio Abujamra.
    No cinema, roteirizou, dirigiu e produziu três curtas-metragens: A Obscena Senhora D, adaptado da obra homônima de Hilda Hilst; Entre Cores e Navalhas e Uma Questão de Tempo, que seguiram carreiras em festivais no Brasil e em outros 18 países, ganhando prêmios de direção, atriz, montagem e direção de arte.
    É uma das protagonistas do longa de estreia de André Carvalheira, New Life S.A. Entre 2009 e 2017, atuou como coordenadora de TV, diretora e roteirista de conteúdos audiovisuais, prestando serviços para órgãos governamentais e organizações internacionais.
    Em 2018, fundou a Stelios Produções, focada em valorizar projetos com temáticas de gênero, protagonismo da mulher, histórias ligadas à criança e adolescência e o universo do campo.

Débora Torres

  • Atriz, produtora executiva, roteirista e cineasta, a goiana Débora Torres tem 36 anos de carreira e a experiência de trabalhar com expressivos nomes do cinema nacional, como João Batista de Andrade, Walter Hugo Khoury, Aníbal Massaini, Gianfrancesco Guarnieri, Paulo Goulart, Nicete Bruno e Rubens Ewald Filho, entre outros.
    É criadora e produtora executiva de festivais em Goiânia, Anápolis e também em Araxá (MG). Foi diretora do Cine Municipal de Cultura Goiânia Ouro de 2005 a 2010, período durante o qual  atuou como membro do Conselho Municipal da Cultura de Goiânia – também de 2017 a 2019.
    Produziu, roteirizou e dirigiu diversos curtas-metragens, com destaque para Wataú (2000) e Quadro Negro (2010), além do longa O Servo de Deus Padre Pelágio. É coprodutora do filme Vazio Coração, de Alberto Araújo, estrelado por Othon Bastos e Murilo Rosa.

Sérgio de Sá

  • O brasiliense Sérgio de Sá é professor na Faculdade de Comunicação da UnB. Jornalista, mestre em comunicação e cultura contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor em estudos literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é autor de A Reinvenção do Escritor: Literatura e Mass Media (Editora UFMG) e Roberto Corrêa: Caipira Extremoso (Brasilienses, v. 2) e coautor de Os criadores: Athos Bulcão, Burle Marx, Lucio Costa e Oscar Niemeyer (Brasilienses, v. 4).
    Editou títulos da coleção Brasilienses (Multicultural Arte e Comunicação). Fez pós-doutorado no Programa Avançado de Cultura Contemporânea (Pacc) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atuou como do caderno cultural do Jornal de Brasília.
    Foi repórter, subeditor e editor de Cultura do jornal Correio Braziliense, e ainda do suplemento Pensar, no mesmo jornal, e colunista do portal Metrópoles. Produziu e apresentou o programa Sessão das Duas, na TV Brasília. Foi comentarista de literatura na rádio Cultura FM. Publicou artigos, reportagens e resenhas nas revistas Veja (Especial 50 anos de Brasília), Continente Multicultural e piauí e nos jornais O Globo (suplemento Prosa & Verso) e Estado de Minas.

* Com informações da Secec