16/12/2020 às 19:22, atualizado em 17/12/2020 às 16:19

Premiação para trabalhos sobre segurança

Alunos desenvolveram tarefas com o tema: olhar da juventude sobre a cultura de paz e a pandemia

Por Agência Brasília * Edição: Carolina Jardon

Os dezenove finalistas do I Concurso Cultural da Segurança Pública para os Colégios Cívico-Militares do DF participaram da cerimônia de prêmios da competição, que ocorreu nesta quarta-feira (16), na Residência Oficial de Águas Claras (Roac).

Todos foram presenteados com um certificado pela participação. Os três primeiros colocados em cada uma das três modalidades –fotografia, vídeo e redação – receberam smartphones, notebooks e tablets, respectivamente para os primeiros, segundos e terceiros lugares.

Os alunos desenvolveram trabalhos com a temática Segurança conectada: o olhar da juventude sobre a cultura de paz e a pandemia. O concurso foi lançado em parceria pelas secretarias de Segurança Pública (SSP/DF) e de Educação (SEE/DF), em setembro.

A última fase da competição terminou domingo (13), com o fim do período de votação, que ocorreu por meio do Instagram da SSP/DF. Mais de 17 mil votos foram dados aos dezenove finalistas.

“Estamos muito felizes com o resultado do concurso e aproveito para agradecer e parabenizar os envolvidos. Queremos ampliá-lo a partir do próximo ano, pois esta é de fato uma grande oportunidade de discutir a cultura de paz, principalmente neste momento tão difícil, diante da pandemia e uma forma de atuar na prevenção de crimes”, disse o secretário de Segurança Pública, delegado Anderson Torres.

O modelo de gestão compartilhada de ensino tem o apoio do governador Ibaneis Rocha, como lembrou Torres durante a cerimônia. “O governador apoia e fomenta este projeto. Na última semana, ele sancionou uma lei que permite a contratação de militares da reserva para atuação nessas escolas. Não temos dúvida de que este modelo é uma ótima oportunidade para jovens e crianças não apenas no presente, mas principalmente um futuro melhor”.

Voltado para adolescentes do ensino fundamental II (entre o 6º e o 9º ano) e do ensino médio (1º, 2º e 3º anos), 156 alunos tiveram os trabalhos homologados e avaliados por uma comissão julgadora, composta por profissionais das três áreas. De acordo com o subsecretário de Educação Básica, Tiago Cortinaz, esta foi uma forma de envolver não apenas alunos, mas toda a comunidade escolar no processo. 

“Esse concurso terá desdobramentos na Secretaria de Educação, como a realização de outros, mas é principalmente uma forma de desenvolver a cultura de paz e a comunicação não-violenta entre os alunos e também entre os profissionais da educação”, ressaltou.

A secretária da Mulher, Érica Filippelli, participou da cerimônia. “Este é um momento muito especial, de celebração. Parabenizo os envolvidos por essa iniciativa tão brilhante, capaz de acender no coração desses estudantes esperança e fé”, avaliou a secretária.

Para a estudante Maria Thalita dos Santos, do Centro Educacional 03 de Sobradinho primeira colocada na categoria redação, o apoio da mãe, Maria Madalena, foi determinante para a participação. “A participação da minha mãe foi primordial em todas as etapas”, disse.

A poesia escrita pela estudante abordou o tema empatia. “Por conta da pandemia, estamos vivenciando um momento em devemos observar se nossas atitudes não afetam o outro. Em meu texto abordei o respeito, a tolerância com o próximo e finalizei falando da empatia, da forma amorosa de olhar o outro e de sintonia”, contou Maria, que aproveitou para elogiar o modelo de gestão compartilhada de ensino.

“No início foi complicado, pois era tudo muito diferente. Mas hoje entendo que foi necessário para nosso bem. A escola era muito boa, mas tinham muitos problemas com segurança”.

Diariamente, Byanca presenciava uma senhora idosa, que não podia ir às compras por fazer parte do grupo de risco da Covid-19 e pedia a um garoto da região ir à padaria para ela | Foto: divulgação Secretaria de Educação

Byanca Gabrielly, vencedora da categoria fotografia, procurou a coordenação do Centro Educacional 01, da Estrutural, para auxiliá-la na produção.

“Resolvi participar mesmo sem saber qual seria a premiação. Primeiramente, me interessei pela redação, mas por conta da minha idade, não poderia participar. Daí vendo uma situação que se repetia toda vez que ia para casa da minha avó, tive a ideia de produzir essa foto”, contou a estudante.

Diariamente, Byanca presenciava uma senhora idosa, que não podia ir às compras por fazer parte do grupo de risco da Covid-19 e pedia a um garoto da região ir à padaria para ela.

A idosa, de 73 anos, percebeu que o menino não tinha máscara de proteção e costurou algumas para ele, em retribuição. “Esse gesto de solidariedade me tocou bastante e foi o tema do meu trabalho”.

Já o vencedor da categoria vídeo, Guilherme Oliveira, estudante do terceiro ano do Centro Educacional 07 de Ceilândia, finalizou o trabalho em uma semana. “Decidi participar e produzi meu vídeo com uma semana para as inscrições serem finalizadas. Sabia que seria uma oportunidade de melhorar meu desempenho escolar.

O prêmio também seria uma oportunidade de poder ter um equipamento para trabalhar com webdesign, pois havia terminado um curso e seria uma oportunidade de ajudar minha família”, contou. De acordo com o estudante, o apoio da escola foi fundamental. “Desde o início a diretora da escola me incentivou muito e foi muito atenciosa, do início ao fim”, finalizou.

Após implementação e ajustes por conta da pandemia, o Centro de Ensino Fundamental 01 (CEF 01), do Riacho Fundo II, passa a funcionar com o modelo compartilhado de ensino. A escolha pelo novo formato foi feita comunidade escolar em outubro do ano passado.

Colégios Cívico-Militares no DF

Atualmente, dez escolas no Distrito Federal contam com o modelo de gestão compartilhada de ensino. Cerca de 1500 alunos são matriculados nas instituições de ensino. Uma portaria publicada em 2019 regulamentou o formato. Para o secretário de Segurança Pública, a medida foi importante para dar uniformidade às atividades, que servem de exemplo para o país.

“A regulamentação elevou o patamar dos colégios cívico-militares. A estratégia da gestão compartilhada é um apoio efetivo ao sistema de ensino local. A confiança da comunidade escolar no modelo tem sido confirmada à medida que o tempo passa e é primordial para que nossos jovens e professores possam ter tranquilidade pedagógica e de aprendizado em sala de aula”.

A SSP/DF é responsável pela gestão disciplinar, com o emprego do efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal – PMDF e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal – CBMDF na coordenação de atividades extracurriculares e nas ações disciplinares voltadas à formação cívica, moral e ética do corpo discente, objetivando o bem-estar social. Já a SEEDF é responsável pela gestão administrativa e pedagógica das unidades de ensino (UEs), e pelo cumprimento do Projeto Político-Pedagógico, conforme Leis de Diretrizes Educacionais.

“Criamos uma subsecretaria – a Subsecretaria de Gestão Compartilhada (SEGECOM) – para tratar exclusivamente das ações voltadas para esta área, que é um projeto estruturante da Segurança Pública e do Governo do Distrito Federal”, finalizou Torres.

* Com informações da SSP/DF