06/01/2021 às 17:27, atualizado em 07/01/2021 às 10:03

Plano operacional da vacinação contra a Covid-19

Documento define diretrizes que cada área envolvida irá seguir em sintonia com o plano do Ministério da Saúde

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Produzido pelas subsecretarias de Vigilância à Saúde (SVS) e Atenção Integral à Saúde (Sais), o Plano Estratégico e Operacional da Vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal está finalizado e alinhado com o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde (MS). A Secretaria de Saúde (SES) seguirá o mesmo calendário e plano de vacinação do Governo Federal.

“O plano traz justamente as diretrizes a serem seguidas por cada área da Secretaria de Saúde. Será uma campanha com vários setores envolvidos e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica tem atuado na interlocução junto ao Ministério da Saúde”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica da SVS, Cássio Peterka.

Segundo o diretor, o plano foi elaborado em conjunto pelas áreas da Secretaria de Saúde e mostra que o Distrito Federal está preparado para o início da vacinação tão logo as doses sejam disponibilizadas pelo MS. Ao todo, serão 169 salas de vacina, conforme a distribuição a seguir:

“O foco da Secretaria de Saúde é vacinar toda a população do Distrito Federal respeitando a ordem dos públicos prioritários. Grande ação da estratégia será na Atenção Primária, através da organização das salas, força de trabalho e inúmeras parcerias como com a Fepecs”, destaca o coordenador de Atenção Primária, Fernando Érick Damasceno.

De acordo com ele, somente em 2020 foram aplicadas cerca de 3,5 milhões de vacinas no DF, o que o coordenador avalia como um potencial gigantesco de vacinação. “Teremos inúmeros desafios, mas trabalharemos para fazer a melhor campanha de vacinação possível”, afirma.

Grupos prioritários

A primeira fase do cronograma de vacinação contra a Covid-19 engloba trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade e pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e instituições psiquiátricas. A segunda fase será para as pessoas de 60 a 74 anos.

A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença, como: portadores de diabetes mellitus; hipertensão arterial grave; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; indivíduos transplantados de órgão sólido; anemia falciforme; câncer e obesidade grave (IMC?40).

Estrutura

A Rede de Frio será responsável por operacionalizar toda a logística de vacinação contra a Covid-19. Para tanto, será enviado a todos os núcleos de vigilâncias epidemiológicas das regiões de saúde o planejamento solicitando a necessidade de vacinas, seringas, insumos necessários à vacinação e materiais gráficos e de escritório, bem como informações do quantitativo de servidores, a necessidade de motoristas e a relação dos postos de vacinação para a rotina.

Serão mobilizados 1,5 mil profissionais em 169 salas de vacina espalhadas nas sete Regiões de Saúde. Todas as salas foram equipadas, neste ano, com 183 câmaras frias científicas para armazenamento de imunobiológicos. Os equipamentos são mais modernos que as habituais geladeiras que antes estavam instaladas nas unidades. Elas são capazes de sustentar as temperaturas exigidas pelos laboratórios fabricantes das vacinas, com exceção do insumo da empresa farmacêutica Pfizer, que exige armazenamento a -75ºC. O GDF aguarda resultado de um processo de compra unificada em andamento no MS para a compra do equipamento que terá capacidade para armazenar essas doses.

Com relação à vacinação, o Núcleo de Rede de Frio seguirá o cronograma de distribuição do MS e o quantitativo será distribuído às regiões de saúde conforme meta populacional a ser vacinada mais incremento.

No Distrito Federal, a vacinação pública de rotina é ofertada à população em mais de 169 serviços, sendo 132 serviços nas unidades básicas de saúde (UBSs), três na Atenção Secundária, 17 nas unidades hospitalares, seis nos centros de referência de imunobiológicos especiais (Cries) e quatro em outros órgãos públicos, dispostos nas sete Regiões de Saúde, incluindo salas de vacinação fixas e serviços de vacinação volante para unidades rurais ou unidades que não possuem estrutura para dispor de uma sala fixa.

O MS anunciou recentemente que pretende comprar 330 milhões de doses de vacinas. Entre as que devem ser disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), estão: Astrazeneca, Coronavac, Pfizer e Covax Facility (consórcio mundial para aquisição de vacinas de outros laboratórios). Todas elas são aplicadas em duas doses.

*Com informações da Secretaria de Saúde