14/01/2021 às 19:28

Financiamentos empresariais aumentam mais de 350%

Investimento de R$ 778 milhões para ajudar o setor vai gerar cerca de 25 mil empregos

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

O setor de agronegócios é o que mais se beneficia de financiamento por meio do FCO | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Por meio do Conselho de Financiamento à Atividade Produtiva (Cofap), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF (SDE) aprovou mais de 330 projetos de investimento em 2020. A medida considerou os recursos disponibilizados pela Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), via Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), aportando R$ 778 milhões para empresários e comerciantes do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ride).

Em tempos de pandemia, o incentivo é só uma das estratégicas adotadas pelo GDF para dar musculatura ao setor, gerando não apenas receita para o governo, mas também renda e emprego. A previsão é de cerca de 25 mil vagas de trabalho com esses contratos.

[Numeralha titulo_grande=”25 mil ” texto=”vagas de trabalho serão geradas com os novos contratos” esquerda_direita_centro=”centro”]

“É uma injeção forte para a nossa economia, cria uma firme situação de riqueza – é um incremento de 352% de adesões em relação a 2019, que teve 96 cartas consultas aprovadas”, compara o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira. “O FCO é isso, promove o desenvolvimento econômico e social das cidades do Centro-Oeste, tem essa função e é uma ferramenta que tem que ser bastante divulgada, trabalhada entre o setor produtivo, entre as federações e os sindicatos, no sentido de mostrar para o empresário a importância de buscar esse financiamento.”

[Olho texto=” “É uma injeção forte para a nossa economia, cria uma firme situação de riqueza”” assinatura=”José Eduardo Pereira, secretário de Desenvolvimento Econômico” esquerda_direita_centro=”centro”]

O chefe de gabinete da SDE e coordenador do Cofap, Marcos Tadeu, explica o aumento nos números de adesão de empresários pelo crédito. “Esse desempenho foi decorrente do trabalho desenvolvido no âmbito do comitê reforçando a necessidade de um maior engajamento das representações do setor produtivo na divulgação do FCO e dos operadores [Banco do Brasil e BRB]”, pontua.

Facilidade nas negociações

O crédito é uma excelente oportunidade para que pequenas e médias empresas busquem financiamento por meio do Banco do Brasil, do Banco de Brasília (BRB) e do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob). Foi o que fez o empresário Ruy Lamas, dono de uma clínica de radiologia na Asa Sul com uma filial no Lago Sul. As facilidades de negociação do financiamento são atrativas para as negociações.

[Olho texto=” “O empréstimo tem condições de juros inigualáveis no mercado” ” assinatura=”Ruy Lamas, empresário” esquerda_direita_centro=”direita”]

“O empréstimo tem condições de juros inigualáveis no mercado, carência para início do pagamento do principal e participa com até 90% do valor do investimento, dependendo do faturamento anual da empresa”, explica Lamas, que aproveitou o crédito para adquirir novas máquinas e reformas das dependências dos estabelecimentos. “Permitiu a modernização das nossas empresas, facilitando a aquisição de equipamentos nacionais e importados, além de realização de obras”, conta.

Entre os setores que mais buscaram o financiamento do FCO, está o do agronegócio, com a adesão de centenas de produtores rurais, seguido por comércios e serviços, turismo regional e também pela área industrial. São pequenos e médios empresários do DF e de cidades goianas – como São João d’Aliança, Pirenópolis, Luziânia, Planaltina, Cristalina, Formosa, Alvorada do Norte, entre tantas outras – que poderão usar o recurso para financiar a compra de equipamentos, fazer investimentos na área de tecnologia, melhorias no empreendimento, pagamento de folha e aplicação em capital de giro.

“É um financiamento democrático, visando não apenas às grandes empresas, mas à pequena empresa também, sempre tendo o cuidado com as empresas que já investem no DF”, reforça o secretário José Eduardo Pereira.