18/01/2021 às 15:13, atualizado em 18/01/2021 às 19:59

Segurança: nova etapa de obra na Rota de Fuga

Via de ligação no Setor de Inflamáveis vai garantir mais cuidado e rapidez no caso de um incidente. Agora, rede elétrica será remanejada

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília* | Edição: Carolina Jardon

As obras de construção da via de ligação foram iniciadas em outubro de 2019, a partir de um convênio firmado entre a Secretaria de Obras e Infraestrutura e a Terracap, com repasse de R$ 10,1 milhões para a execução. Hoje, 60% do serviço já foi realizado | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Essencial para garantir a segurança em caso de incidentes, a construção de uma via de ligação do Setor de Inflamáveis, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), com a marginal da Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG), vai para mais uma etapa.

Ocorre no fim deste mês a licitação para contratação de obras para o remanejamento da rede elétrica da região. Os recursos são da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), com previsão de 64 empregos gerados.

A obra é necessária em virtude da interferência no traçado do trecho. A data de abertura das propostas às empresas será no no próximo dia 21, quinta-feira, sendo que a licitação é na modalidade de menor preço.

“A Rota de Fuga é um lugar estratégico e que deve garantir segurança no caso de um incidente no Setor de Inflamáveis, onde estão, por exemplo, pontos de armazenamento e redistribuição de combustível”, explica o presidente da Terracap, Izidio Santos.

[Olho texto=””A Rota de Fuga deve garantir segurança no caso de um incidente no Setor de Inflamáveis, onde estão pontos de armazenamento e redistribuição de combustível”” assinatura=”Izídio Santos, presidente da Terracap” esquerda_direita_centro=”direita”]

Como o próprio nome sugere, por se tratar de uma área voltada para casos de emergência, a modificação tem de ser feita o quanto antes. “As obras devem começar, no mais tardar, até a primeira quinzena de março”, diz a assessora da Diretoria Técnica da Agência, Ana Teresa Fernandes.

De acordo com a Petrobras, mais de oito bilhões de litros de gasolina e diesel são recebidos, armazenados e distribuídos no local, então um incêndio no local pode gerar consequências graves para regiões próximas, como Cidade Estrutural, Cidade do Automóvel, Cruzeiro, Octogonal, Lúcio Costa, Guará e Vicente Pires.

Segundo a Terracap, a realocação da rede elétrica não somente irá manter a infraestrutura básica de iluminação, mas também contribuirá com a segurança dos comerciantes e usuários do SIA. A empresa contratada terá o prazo de três meses para executar as ações, conforme padrão estabelecido pelas normas técnicas da Companhia Energética de Brasília (CEB).

Nova pista

As obras de construção da via de ligação foram iniciadas em outubro de 2019, a partir de um convênio firmado entre a Secretaria de Obras e Infraestrutura e a Terracap, com repasse de R$ 10,1 milhões para a execução. Hoje, 60% do serviço já foi realizado. Secretária Executiva de Obras e Infraestrutura, Janaína Chagas conta que as ações de drenagem estão em fase final de acabamentos. A terraplenagem e pavimentação devem ter início em fevereiro.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 10,1 milhões” texto=”São investidos na construção da via de ligação” esquerda_direita_centro=”direita”]

“Estamos em época com tempo instável, em que chove e para. Isso não impede o trabalho, mas dificulta um pouco o andamento Não dá para fazer pavimentação com tempo chuvoso, então estamos esperando mais estiagem. Essas ações vão começar do Setor Lúcio Costa em direção ao Setor de Inflamáveis”, explica. De acordo com ela, a pandemia chegou a comprometer o fornecimento de aço para a obra, mas não foi significativo.

No local, são construídas duas saídas do setor para os casos de emergência, em continuidade das vias já existentes (IN-1 e IN-2), seguindo paralelamente à via férrea até o Conjunto Lúcio Costa, onde se incorporam à via marginal da EPTG. Quando tiver pronta, cada uma das duas novas vias terá duas faixas de rolamento (mão dupla), com sete metros de largura, calçadas e ciclovia, numa extensão total de 3,7 quilômetros.

“A região serve para evasão e acesso do Corpo de Bombeiros. Um incêndio no Setor, por menor que seja, é capaz de trazer consequências catastróficas. Além disso, um incidente dessa natureza comprometeria o abastecimento de combustível e gás de cozinha na capital do País”, diz o secretário de Obras, Luciano Carvalho.

Demanda antiga da comunidade, a insegurança com possíveis incidentes no local não é recente. Mesmo com projeto concluído desde 2009, o processo da obra estava estagnado por falta de orçamento e pendências técnicas e foi retirado do papel nesta gestão.

Administradora do SIA, Luana Machado valoriza as ações. “As obras da rota de fuga vão ajudar muito no deslocamento de caminhões em toda a região. E também vai melhorar a segurança, pois vai possibilitar o acesso às viaturas de emergência, que poderão chegar com mais facilidade e agilidade no local”, diz.

* Com informações da Terracap