31/01/2021 às 15:45, atualizado em 02/02/2021 às 11:31

Viadutos da N2 passam no teste de peso

Reforço estrutural aumentou capacidade de carga em nove toneladas. Obra custou R$ 7,2 milhões e emprega cerca de 200 pessoas

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília | Edição: Mônica Pedroso

Capacidade de carga dos viadutos passou de 36 para 45 toneladas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Com 90% de execução, as obras de recuperação, reforço estrutural e revitalização dos dois viadutos sobre a Via N2, perto da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, se aproximam do fim. Neste domingo (31), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) fez testes de peso nas estruturas, para garantir a qualidade do reforço iniciado em outubro de 2019. Depois de a nova quantidade de ferro ter sido colocada, a capacidade de carga deles passou a ser de 45 toneladas, nove a mais que o suportado anteriormente.

Um caminhão da empresa Soltec, contratada por licitação para executar as obras, atravessou os viadutos quatro vezes: uma a velocidade de 20 km/h, outra a 40 km/h, uma terceira vez a 60 km/h e, por fim, a 80 km/h, acima do permitido para o local. O veículo estava carregado com 52 toneladas.

Os testes foram feitos primeiro na estrutura no começo do Eixo W Norte, perto do Conjunto Nacional, e depois no Eixo L Norte, ao lado do Teatro Nacional. Enquanto o caminhão passava pelo viaduto, sensores verificavam a resistência.

Estruturas dos viadutos da N2 passaram nos testes de peso | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“A Soltec vai fazer um laudo com o resultado do teste que deve ficar pronto nos próximos dias. Mas a avaliação é imediata. Pelos sensores, a gente já consegue ver se houve alguma alteração”, afirma o chefe do Departamento de Edificações da Novacap, Carlos Spies, acrescentando que as estruturas passaram no teste. “Resistiu bem, a obra foi muito bem executada.”

O trânsito de veículos pesados no centro de Brasília não é permitido, mas os viadutos foram feitos na época em que Brasília começou a ser construída e nunca haviam recebido, nestes 60 anos, qualquer reforma ou sequer manutenção que garantissem a passagem segura de veículos sobre eles.

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“Temos um grande fluxo de carros aqui e, mesmo com o impedimento de passar caminhões nessa área, é bom que eles estejam preparados caso um dia haja um desvio e a necessidade de passagem de veículos pesados aqui”, explica Spies.

Antes da obra ser entregue, falta a conclusão das calçadas, a colocação de meio-fio, a limpeza e a sinalização. As chamadas obras de urbanização. O trânsito no local, no entanto, nunca foi interditado. Os serviços envolvem um investimento de R$ 7,2 milhões e empregam aproximadamente 200 trabalhadores direta e indiretamente.

Confira as imagens do teste: