14/02/2021 às 14:54, atualizado em 14/02/2021 às 15:46

Metade da coleta seletiva é feita corretamente no DF

SLU avalia evolução de engajamento da população na campanha Cartão Verde. Na quarta-feira (17), mais duas cidades serão contempladas

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Cartões verdes aplicados em contêineres: selo de qualidade para a separação do lixo | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Mais de 50% das pessoas e condomínios que participaram da campanha Cartão Verde receberam o adesivo que certifica a separação correta do lixo. A iniciativa do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) tem o objetivo de conscientizar e avaliar se moradores de casas e condomínios fazem a coleta seletiva. O programa – que já passou por Águas Claras, Asa Norte, Ceilândia, Gama, Noroeste, Recanto das Emas, Sudoeste e Taguatinga – chega à sua quinta etapa na próxima quarta-feira (17) e prossegue em Taguatinga, passando a abranger também Guará e Sobradinho.

[Numeralha titulo_grande=”2.171″ texto=”cartões verdes foram aplicados em 2020″ esquerda_direita_centro=”direita”]

Nos três últimos meses de 2020, foram aplicados 4.226 cartões – desses, 2.171 verdes, 1.210 amarelos e 845 vermelhos. A coordenadora de Mobilização do SLU, Luana Sena, reforça que os números mostram o efeito positivo do programa. “A coleta seletiva ficou suspensa por alguns meses devido à pandemia do novo coronavírus”, explica. “A ideia é chamar atenção – de forma lúdica – para essa prática, que é tão importante para o meio ambiente, incentivando as pessoas”.

Na Superquadra Norte 303, alguns blocos já garantiram os adesivos verdes em contêineres. “Mesmo assim, continuamos atentos à separação correta do lixo”, garante a prefeita do local, Nanci Martins. “Já fazíamos esse trabalho de conscientização com os moradores. Os funcionários do SLU reforçaram esses cuidados, ajudando ainda mais a preservar o meio ambiente”.

Como funciona 

As regiões que participam das etapas da campanha Cartão Verde são escolhidas pelo SLU com base em critérios técnicos de qualidade da coleta seletiva. Cada fase dura quatro semanas. Na primeira, equipes de orientação do órgão visitam residências e condomínios nas regiões escolhidas para informar sobre a campanha.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 2 mil” texto=”É a multa que os infratores podem pagar se receberem 3 cartões vermelhos seguidos do SLU” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Nas três semanas seguintes, os garis da coleta seletiva entram em ação. Eles avaliam se o conteúdo dos sacos de lixo é predominantemente de recicláveis ou se os materiais estão misturados com orgânicos. Assim, os coletores aplicam os cartões de acordo com o que observam. O verde é quando a separação está bem-feita, enquanto o cartão amarelo assinala que o lixo está um pouco misturado. O vermelho, por sua vez, sinaliza que a separação correta não está sendo praticada.

Os garis analisam a qualidade da coleta seletiva uma vez por semana e aplicam os três cartões (um para cada semana da campanha). Após as três semanas, quem receber o cartão vermelho por três vezes será notificado pelo DF Legal, que estipula um prazo para correção. Se persistir o erro, o morador ou o condomínio podem ser multados em até R$ 2 mil.

Como fazer a coleta seletiva

Separar os resíduos recicláveis é uma questão de hábito. Devem-se utilizar dois sacos: um para recicláveis e outro para orgânicos e rejeitos. No primeiro, de preferência da cor verde ou azul, são colocados papel, papelão, plástico, isopor e metal.

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No outro, de preferência preto ou cinza, para o material orgânico e rejeitos, vão os restos de comida, borra de café, fralda descartável, papéis gordurosos e lixo de banheiro. Condomínios residenciais devem depositar seus resíduos em contêineres nas cores verde, para coleta seletiva, e cinza, para coleta convencional.

Tão importante quanto separar é entregar os recicláveis para a coleta no dia certo, conforme calendário disponível no site do SLU.