02/03/2021 às 19:20, atualizado em 03/03/2021 às 13:34

Ortopedia do Hospital de Base é destaque em revistas internacionais

Publicações científicas divulgam pesquisas feitas na unidade de saúde, como a que trata sobre a técnica para corrigir pés tortos

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Médicos de sete países participaram da pesquisa | Fotos: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF

As pesquisas feitas pela Unidade de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Base, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), estão atravessando fronteiras e chegando às mais conceituadas publicações médicas do mundo.

Foi o que aconteceu com nada menos do que nove pesquisas realizadas pelos profissionais do HB e publicadas em revistas científicas internacionais em 2020. Todas indexadas à principal base de dados mundial, a PubMed. A última delas é destaque da mais recente edição do respeitado Iowa Orthopedic Journal, dos Estados Unidos.

Pés tortos

A pesquisa é sobre a técnica desenvolvida no Hospital de Base para corrigir pacientes que nascem com pés tortos, virados para trás. O estudo “Método de Ponseti do pé torto negligenciado na idade da marcha” é assinado, entre outros, pelo ortopedista Davi Haje, que atua há 21 anos no HB.

[Olho texto=”“Algumas conclusões foram inéditas na literatura médica”” assinatura=”Davi Haje, ortopedista” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Segundo ele, a pesquisa teve a participação de médicos de sete países com reconhecida experiência no tratamento do pé torto negligenciado. E foram avaliados os resultados em 429 pacientes. “Devido ao bom número de casos, conseguimos fazer análises por grupos de idades diferentes”, conta. “Algumas conclusões foram inéditas na literatura médica.”

Para Haje, o grande volume de publicações científicas com a participação de profissionais do Hospital de Base mostra para o mundo as habilidades diferenciadas exercidas na unidade administrada pelo Iges-DF. “Os estudos constantes que fazemos trazem benefícios não apenas para a população local, mas servem de exemplo para outros hospitais do Brasil e do exterior”, afirma o especialista.

Haje destaca que trabalhar em hospital e fazer pesquisa ao mesmo tempo não é uma tarefa fácil. “Algumas publicações são fruto de um mestrado ou doutorado de um dos nossos médicos atuantes”, observa. “Muito esforço foi dedicado por esses profissionais para conciliar as atividades.”

As pesquisas continuam mesmo na pandemia do coronavírus. E as publicações em revistas científicas também. Conforme Haje, mais dois artigos já foram aprovados e devem ser publicados ainda no começo de 2021.

Veja a lista de publicações:
Filgueira E, et al (2020). Thoracolumbar burst fracture: McCormack load-sharing classification – systematic review and single arm meta-analyses. Spine.

Bonfim LS, et al (2020). Histologic and magnetic resonance image evaluation in acromioclavicular joint osteoarthritis. JSES International.

Haje DP, Volpon J (capítulo de livro a ser publicado em 2021) Características do esqueleto Imaturo – Fraturas em crianças e adolescentes – Fundamentos e práticas. 1ª ed. Editora Manole.

Haje DP et al. (aceito para publicação em 2020, “in press”). Tratamento do pectus excavatum amplo: resultados a longo prazo de uma técnica brasileira: Acta Ortopédica Brasileira.

Haje DP et al. (aceito para publicação em 2020, “in press”). Tratamento do pectus excavatum localizado: resultados a longo prazo de uma técnica brasileira: Acta Ortopédica Brasileira.

Haje DP, et al. (aceito para publicação 2020, “in press”). Análise dos padrões de curvatura esternal em pacientes com pectus e controles. Acta Ortopédica Brasileira.

Haje DP et al. (2020) Ponseti method after walking age – a multicentric study of 429 feet: results, possible treatment modifications and outcomes according to age groups. The Iowa Orthopedic Journal, Vol.40, Issue 2.

Haje DP, Silva CC (2020). Metatarsal transfer associated with microsurgical flap in exposed foot fracture: a case report and 10-year follow-up. Journal of Bone and Joint Surgery Case Connect. Vol 10(3). Pág 1-5.

Haje DP (2020). Neglected idiophatic clubfoot successfully treated by the Ponseti method: a case report of an adult patient that started treatment at 26 years of age. Journal of Orthopaedic Case Reports. Vol 10. Issue 4.

Bonfim LS, et al (2019). Considerações gerais das fraturas da extremidade distal do úmero (capítulo de livro) – Fraturas e Luxações do Ombro e Cotovelo. Editora Dilivros.

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*Com informações do Iges-DF