18/03/2021 às 10:01, atualizado em 18/03/2021 às 11:41

Destino das emas está nas mãos do povo 

Esculturas símbolo do Recanto das Emas foram retiradas e guardadas por causa da construção do viaduto. O novo local será decidido em enquete 

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília I Edição: Carolina Jardon

A primeira estrutura, de dois metros de altura e duas toneladas, foi construída pelo artista plástico Carlos Alberto Mendes em 1992 | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

Consideradas cartão-postal do Recanto das Emas, as esculturas de duas emas que ficavam no balão da entrada principal da cidade vão, em breve, ganhar um novo endereço. Temporariamente, elas estão “sentadinhas” no gramado da administração regional. A mudança de local tem um motivo especial: a construção do tão aguardado viaduto, que vai ligar a RA ao Riacho Fundo II, que há dez anos estava apenas no papel e, há menos de um mês, começou a ser erguido. O novo empreendimento vai desafogar o trânsito e beneficiar os quase 60 mil veículos/dia que trafegam por ali.

[Olho texto=”“As estátuas marcam a identidade visual da cidade, são um ponto turístico. Todos nós temos muito amor e carinho por elas, por isso estão protegidas na administração”” assinatura=”administrador do Recanto das Emas, Carlos Dalvan” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O administrador do Recanto das Emas, Carlos Dalvan, adianta que a nova morada das emas será escolhida pelos moradores, por meio de uma enquete. “Será um local de destaque, próximo ao ponto onde elas foram colocadas pela primeira vez”, informa. “As estátuas marcam a identidade visual da cidade, são um ponto turístico. Todos nós temos muito amor e carinho por elas, por isso estão protegidas na administração”, destaca.

A primeira estrutura, de dois metros de altura e duas toneladas, foi construída pelo artista plástico Carlos Alberto Mendes em 1992. “Eu fazia miniaturas de esculturas para vender na feira permanente. O administrador da época perguntou se eu conseguia fazer uma ema deste tamanho e eu aceitei o desafio e fiz em casa”, lembra. “Durante o transporte dela até o balão, acabaram quebrando as pernas, então montei um ninho para colocá-la”, conta.

No ano seguinte, o também artesão e ator fez outra escultura, afinal o nome da cidade está no plural e a primeira ema precisava de uma companheira. “São 4 metros de altura e 650 quilos. Apesar de maior, ela é oca por dentro, por isso pesa menos. A primeira é cheia de concreto”, explica Carlos Alberto.

Mais conhecido como Roberto da Ema, o morador da cidade não vê a hora das esculturas encontrarem um novo destino e já topou o convite para reformar as peças. “São obras de arte que são como filhas para mim. Enquanto eu viver vou cuidar delas e defendê-las”, se emociona.

Viaduto 

[Numeralha titulo_grande=”O investimento do viaduto é de R$ 30,9 milhões” texto=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A construção do viaduto do Recanto das Emas teve início este mês. A obra, esperada pela população há mais de dez anos, vai resolver os problemas de trânsito em uma região por onde trafegam diariamente cerca de 60 mil veículos. O investimento é de R$ 30,9 milhões, provenientes de recursos do Governo do Distrito Federal (GDF) e vai possibilitar a geração de cerca de 400 empregos.

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Durante a inauguração da obra, o governador Ibaneis Rocha assegurou também que será feito o recapeamento das vias. A obra é executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e consiste em um viaduto a ser erguido no entroncamento do Recanto das Emas com o Riacho Fundo II. O local, que hoje consome tempo dos motoristas que ficam presos no trânsito, em breve será mais uma passagem segura e com qualidade para a população.

Além dos moradores do Recanto das Emas, a obra será feita num trecho da Estrada Parque Contorno (DF-001) que também vai beneficiar quem vem do Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Gama e Santa Maria.