20/03/2021 às 16:00

Brasília adere ao WCCF, um dos principais fóruns de cultura do mundo

Adesão vai fortalecer as políticas publicas locais a partir de intensa troca de experiências

Por Agência Brasília* | Edição: Freddy Charlson

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

No Brasil, somente a capital federal e São Paulo integram o coletivo mundial, cujos líderes e governos exploram a cultura como vetor de desenvolvimento dos centros urbanos | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Patrimônio cultural da humanidade, Brasília integra oficialmente um dos mais importantes fóruns mundiais: World Cities Culture Forum (WCCF). Criado em 2012, quando incluiu Londres, Nova York, Shanghai, Paris, Tóquio, Sydney, Istambul e Johannesburgo, o WCCF, atualmente, é formado por 43 cidades, abrangendo seis continentes. A adesão de Brasília ocorreu neste mês de março.

[Olho texto=”“Participar desta seleta rede colaborativa de cidades que entendem os benefícios da cultura para promover a melhoria da qualidade de vida vai impulsionar as atividades desenvolvidas na capital federal”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”]

Essas cidades passaram por processos reais de transformação social e urbana com o uso da arte e cultura. Agora, Brasília terá a oportunidade de conhecer de perto essas estratégias. No Brasil, somente a capital federal e São Paulo integram o coletivo mundial, cujos líderes e governos exploram a cultura como vetor de desenvolvimento dos centros urbanos. A adesão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai fortalecer as políticas publicas locais a partir de intensa troca de experiências promovidas pelo WCCF.

“Participar desta seleta rede colaborativa de cidades que entendem os benefícios da cultura para promover a melhoria da qualidade de vida vai impulsionar as atividades desenvolvidas na capital federal”, defende o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, entusiasta do fórum.

A subsecretária de Economia Criativa da Secec, Érica Lewis, que participou ativamente das negociações da adesão de Brasília ao WCCF, acredita que a inclusão da capital fortalece ainda mais a economia criativa, que já é responsável por 3% do PIB no DF. “Nosso objetivo é que a indústria criativa se profissionalize, e gere cada vez mais emprego e renda, contribuindo, em especial, para a transformação da vida de pessoas e comunidades a partir das trocas de experiências com esta rede colaborativa”.

Foto: Divulgação/WCCF

Os fóruns anuais da WCCF têm o intuito de embasar políticas públicas no campo da cultura e das artes | Foto: Divulgação/WCCF

Compartilhamento

Os fóruns anuais da WCCF – onde os principais representantes culturais dos governos participantes discutem, compartilham e promovem ações, pesquisas e experiências – têm o intuito de embasar políticas públicas no campo da cultura e das artes.

O último evento, realizado em Lisboa (Portugal), em 2019, do qual Brasília participou como convidada, abordou temas como gentrificação (valorização de antigos espaços urbanos), inovação, economia criativa e ressignificação dos espaços por meio da arte urbana. O fórum de 2020, que ocorreria em Milão, teve de ser realizado virtualmente, em razão da pandemia da covid-19, que atingiu seriamente o mundo e, sobretudo, o norte da Itália.

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O WCCF, no entanto, não se limita aos encontros anuais entre lideranças culturais. A rede promove, entre outras atividades, programa de intercâmbio de lideranças entre as cidades-membros, que consiste em aprendizado in loco sobre desafios ou melhores práticas, financiado pela rede e pela Bloomberg Philantropies; relatório com perfil de cada cidade, publicado a cada três anos, onde constam ações, programas, projetos e melhores práticas culturais; e, ainda, webinários trimestrais personalizados, com participação de especialistas.

Os webinários têm sido eficazes nesse momento de isolamento social, no sentido de atenuar os efeitos da pandemia no setor artístico mundial. Por meio de troca de experiências, as cidades aprendem a lidar melhor com os desafios provocados pela paralisação das atividades presenciais, como é o caso das exposições, concertos, apresentações teatrais, musicais e de dança, apenas para citar algumas das atividades atingidas.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa