01/04/2021 às 15:58, atualizado em 01/04/2021 às 17:34

Compre peixe sem aglomerar usando a plataforma da Emater

“Põe na Cesta” é opção também para vários produtos agropecuários; conecta consumidor e produtor de forma gratuita

Por AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: ABNOR GONDIM

O Mercado do Peixe, na Ceasa, é administrado por cooperativa que mantém contato com produtores locais para abastecer os consumidores do Distrito Federal | Foto: Emater-DF/Divulgação

O consumidor do Distrito Federal que quiser comprar peixe para o almoço desta Sexta-Feira Santa (2) — e, ao mesmo tempo, evitar contato com pessoas em supermercados, feiras e peixarias — pode fazer pedidos pela plataforma Põe na Cesta, desenvolvida pela Emater-DF, empresa pública de assistência rural do Distrito Federal. O aplicativo gratuito possibilita o contato direto entre produtores e consumidores, que negociam preços e formas de entrega.

Pelo menos cinco produtores de peixe das regiões administrativas Paranoá, Planaltina, Lago Norte e Brazlândia estão cadastrados na plataforma. A maior parte das espécies comercializadas é tilápia, peixe mais produzido em criatórios no DF e Entorno, pela facilidade de adaptação ao clima do Centro-Oeste.

O coordenador do Programa de Piscicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, alerta para alguns cuidados que devem ser observados para preservar a qualidade do produto. “É preciso manter a temperatura de conservação durante o transporte do pescado para casa. Chegando na residência, manter na geladeira ou no congelador até o momento do preparo”, recomenda o especialista.

Para os filés frescos, deve-se observar a elasticidade da carne. Ao dobrar, o produto não pode destacar ou apresentar aparência quebradiça. Para os congelados, vale observar a integridade da embalagem, a data de validade e a presença de gelo, que pode indicar se o produto passou por descongelamento. Também é preciso ficar atento ao aspecto geral do peixe (veja quadro abaixo).

Emater-DF

Mais produtos

O Põe na Cesta foi desenvolvido em julho de 2020 para minimizar o impacto da pandemia aos produtores do Distrito Federal. O acesso à plataforma pode ser feito por computador, tablet, laptop ou celular. Além de peixe, produto bastante procurado nesta época do ano, também são comercializados pela plataforma frutas, legumes, verduras, flores e plantas ornamentais e artesanato, por exemplo.

[Olho texto=”“Os consumidores desejam comprar diretamente do produtor, sem intermediações. Devemos ampliar a divulgação da plataforma junto a estabelecimentos comerciais, como mercados, quitandas e restaurantes”” assinatura=”Frederico Neves, gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Todos os produtores cadastrados na plataforma — já são mais de 400 — recebem atendimento da Emater-DF. Em média, o crescimento nas vendas de quem expõe seus produtos na rede é de 25%, segundo o gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF, Frederico Neves.

“Os consumidores desejam comprar diretamente do produtor, sem intermediações. Devemos ampliar a divulgação da plataforma junto a estabelecimentos comerciais, como mercados, quitandas e restaurantes”, projeta o executivo.

O produtor interessado em integrar a plataforma, também de forma gratuita, deve ser cadastrado na Emater-DF e no app DFRural, também desenvolvido pela empresa (veja aqui o passo a passo para expor produtos na plataforma).

Mercado de pescado do DF

[Numeralha titulo_grande=”574 ” texto=”é o total de piscicultores do DF responsáveis pela produção anual de 1,8 mil toneladas” esquerda_direita_centro=”direita”]

O Distrito Federal possui uma cadeia produtiva de pescado bem estruturada, com potencial para crescimento. A Emater-DF, de olho nesse mercado, tem realizado ações que incentivam a criação de peixes e trabalhado para aperfeiçoar o escoamento da produção e estimular o consumo dessa proteína pelo consumidor brasiliense.

Brasília é a cidade com o terceiro maior mercado consumidor de pescado no Brasil, com 45 mil toneladas comercializadas anualmente e um consumo per capita de 14 kg por habitante por ano. A média nacional é de 9,5 kg por pessoa por ano (veja abaixo).

A principal espécie produzida na região é a tilápia do Nilo, peixe com carne saborosa e sabor suave, muito apreciada em filés, postas e inteira. Pode ser servida grelhada, frita, assada ou em moquecas.

De acordo com Adalmyr Borges, do Programa de Piscicultura, existem no DF 574 piscicultores, com uma produção de 1.800 toneladas anuais. As cidades do Entorno produzem outras 8 mil toneladas. Entretanto, 85% do que é consumido em Brasília vem de outros estados e até de outros países. Em 2020, o Valor Bruto da Produção de peixe gerou mais de R$ 14 milhões aos produtores.

“Nossa participação é pequena no mercado regional. Ainda há muito espaço para a atividade e temos grande vantagem de produzir numa região em que o mercado é próximo, com poder aquisitivo alto e que compra muito pescado”, explica Borges.

Desde o ano passado, os consumidores de Brasília e Entorno ganharam uma nova opção para compra de pescado, com a reativação do Mercado do Peixe, na Ceasa. O espaço é administrado pela Coopindaiá, que tem feito acordo com produtores locais para abastecer o mercado.

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A Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

*Com informações da Emater-DF